"...para que resistais no dia mal" (Ef 6.13)
Diante disso, sabemos que
realmente, o medo causado por tal pandemia, também pode trazer estragos tão
grandes quanto o estrago que o vírus vem causando. Grande medo engatilha o
terror, dispara o projétil do pânico global e derruba todas as estruturas
psicológicas. É claro que o medo é inevitável, ele só não pode se tornar uma
arma. Como podemos lidar com o medo sem gerar o pânico? Ora, selecione as
informações verificando o que de fato é verdade. Evite reproduzir ou colocar em
circulação vídeos mostrando a agonia de alguém que está à beira da morte! Em
que ajuda um vídeo desse tipo? Há várias formas de se passar informações de
prevenção e uma delas não é enviando vídeos, por meio de redes sociais, de
pessoas morrendo, dando seus últimos suspiros. Quem faz isso está difundindo
terror. Portanto, nada de pânico. No entanto, quando o isolamento não for
possível, pelo menos o distanciamento social.
O fato é: estamos vivendo
uma crise mundial. Há um vírus altamente letal, agressivo e disposto a causar
grande estrago. Como disse o Ministro da defesa, general do Exército Fernando
Azevedo e Silva, “estamos em uma guerra”. Já vivemos, como todos sabem e não é
nem um segredo, em uma sociedade “CONTAGIADA PELO TÂNATOS” que oferece a
pedagogia do homicídio, difundindo uma mentalidade assassina e que ensina a
matar. O tânatos mata com armas, mas agora, está vindo em forma de “COVID 19”.
Diante desse cenário, uns ficam perplexos e outros adormecidos, normóticos,
hipnotizados por agentes de distração que possuem a função de lhes tirarem da
vida real! É hora de despertar e bloquear o surto tanatológico que se alastra
pelo mundo inteiro. Todos devemos lutar para que o vírus não se alastre com
tanta velocidade ou seja, nossa participação é importante como agentes e líderes
de cada um de nós e de todos os que estão debaixo da nossa responsabilidade,
inclusive até dos que não são, diretamente falando, responsabilidade pessoal
nossa. Neste momento, somos conscientes que viemos do mesmo barro, feitos da
mesma terra – frágeis! Extremamente frágeis, nós seres humanos. Agora, por
sermos assim tão frágeis, deveríamos ser menos arrogantes, pedantes e
orgulhosos, deveríamos baixar nossas armas e sermos mais “humanos” de verdade
ou seja, reconhecermos isso e nos voltarmos realmente para quem, tomando todos
os cuidados físicos recomendados pelas autoridades, realmente pode nos livrar
neste momento do puro desespero, angustia, isolamento ou distanciamento social.
Precisamos aliar fé e
coragem! A coragem não é embriagante, pelo contrário, é lucida, não salta no
escuro, meditante e meditativa ela não é impulsiva, sim! Precisamos de coragem!
Não estou falando de truculência (o truculento não é corajoso) mas de coragem
ativada pelo amor e resistência frente ao mal. Está na hora de nos voltarmos
para Deus!
Estamos na pós
modernidade e chegamos aqui recheados de medo. Não um medo imaginário, irreal,
abstrato de que o mundo pode acabar amanhã, mas de que o mundo pode acabar a
qualquer momento. O medo corrói as fibras humanas. O medo intimida e asfixia a
esperança. O medo tiraniza.
Diante desse quadro de contágio
viral, o que me assusta mais ainda, bem mais do que a proliferação do vírus, é
que ainda é possível ver, mesmo diante de tanto medo, de tanto caos, uma parte
da sociedade que insiste em querer viver sem Deus. O que assusta mais ainda é
essa sociedade que não quer Deus como parceiro nas lutas, nas batalhas, nas
guerras. Há muita gente agindo neste momento como se Deus não existisse ou
ainda, perguntando aonde Deus está nesses momentos – atitude arrogante! Rebelde.
Dom José Gómez, Arcebispo
de Los Angeles, Estados Unidos, disse:
"Às
vezes, acredito que estamos vivendo a tentação original da serpente no jardim,
a tentação de ressentir de Deus, de duvidar de suas intenções amorosas para
conosco; a tentação de querer ser deuses nós mesmos, donos de nosso próprio
destino, decidindo por nós mesmos o que é bom e mau (...) Também creio que
podemos estar revendo a história de Babel, a história da primeira tentativa da
humanidade por tratar de usar a razão e a tecnologia para construir uma
civilização sem Deus".
Esse é o sentimento que
se sente, visível no seio de grande parte da sociedade mundial. Uma
sociedade Nietzschiana! De conceito Nietzschiano e prática da filosofia
Nietzschiana. Nietzsche declarava abertamente que o cristianismo era contra a
vida, metafisica de verdugos. Nietzsche dizia que as religiões eram coisas de
populacho! A ideia de Deus é um limitador da vida. O pensamento de Nietzsche,
vive hoje no centro da prática social, nas relações humanas e no coração de
muitos. Assim, sorrateiramente vai se criando uma sociedade sem Deus. Há um
ódio instaurado contra os cristãos e a fé que praticam.
O corona vírus (Covid 19) está ai
e vai mudar a rotina do mundo inteiro daqui para frente. É hora do ser humano
voltar-se para si e ver-se, investigar-se e chegar a conclusão inevitável:
“...se Deus não guardar a
Cidade, em vão viam os guardas” (Sl 127.1).
Nada é tão verdadeiro
neste momento quanto essa pronúncia do salmista. Vivemos tempos difíceis!
Repito tal afirmação. Devemos agir conforme as autoridades da área de saúde nos
orientam a fazer, mas não percamos de vista aquele que sustenta todas coisas em
suas mãos Soberanas e amorosas. O Senhor continua próximo daqueles que o clamam
e continua deixando-se encontrar.
Onde está Deus? Bom, Deus
está no amor e entrega daqueles que em momentos difíceis como este, ousam agir
contrariamente ao espirito rebelde, contagiando a outros com o mesmo amor pois
o amor verdadeiro rebela-se contra a tirania da escravidão boçal daqueles
incrédulos que em vez de erguer os olhos aos céus, olham para o próprio umbigo
e pensam que são deuses.
Deus está nos profissionais da saúde que estão presos em uma laboratório procurando uma vacina para combater um vírus letal, disposto a matar e extinguir a raça humana.
Deus está no compartilhamento da Graça que a nós, pelo Espírito foi compartilhada, bem como na leitura instrutiva das Escrituras Sagradas.
É hora de usarmos a Bíblia não como arma de enfrentamento, mas como instrumento de engajamento.
Se é o tempo do fim? É sim, mas a muitos seculos já vivemos o tempo do fim. Sabemos disso mediante o olhar peregrino que lançamos sobre a Escritura, mas talvez a sociedade ao nosso redor não possua tal olhar.
Para nós, cristãos, pode ser o tempo do fim, mas para aqueles que não possuem tal discernimento, em um momento como esse, pode ser o começo de uma nova vida.
Engaje-se!