segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

PÉS, RUAS E REALIDADES


Cada rua tem a sua realidade, sua história...
Cada realidade tem sua rua, vida, sua lembrança.

Eu andei pelas realidades e pelas ruas.
...histórias gravadas em cada pedra.
Toda realidade é dura: a realidade boa e a má realidade.
Toda realidade é fuga.

Realidade da rua.
Cada esquina é um ambiente diferente: há divisão de ruas e realidades.
Há fronteiras.
Toda rua é diferente.
Toda esquina é diferente.
Toda fronteira é diferente.
Mas e a realidade?
Toda realidade é diferente.

Nas ruas aonde andei.
Nas pisadas que dei.
Encontrei realidades.
Empregnadas nas ruas.
cada passo, uma voz.
O vento que sopra numa rua não sopra na outra: o vento não é o mesmo vento.
O vento traz realidades.

Cada um mora na sua própria casa.
Cada casa tem sua própria realidade.
Cada um tem sua própria mente.
Cada mente é uma realidade.

Cada um tem seu medo.
Cada medo é uma realidade.

Meus pés viram o chão.
Meus olhos viram as casas.
Minha lembrança viu apenas realidades.

Cada um briga com o demônio real da realidade.
Cada um sabe a hora de fechar a porta.
Cada um sabe a hora de quebrar a ponte.

Eu ando pelas ruas da realidade.

A lua chega.
O sol se vai.
Ambos são pura realidade.

Minha consciência de ser é a minha realidade de não ser.

Realidade.





J.R.S





terça-feira, 7 de dezembro de 2010

NÃO HAVERÁ MAIS NUNCA MAIS...

"Vi novos céus..." (apoc. 21.1)

"...por que lá não tem nunca mais" (Biel, filho dos meus irmãos Lopes e Iranir e irmãozinho da Bianca).


A vida reserva cada aprendizado pra gente.
Outro dia jantando na casa de um amigo em Brasilia junto com sua familia, um de seus filhos, o Biel, falou algo muito interessante. Conversarvamos sobre próposito e ele havia colocado em seu coração o próposito de nunca mais beber mais refrigerante. Em um determinado momento da conversa alguém perguntou: "E se no céu houver refrigerante? Então ele respondeu: "Seu houver refrigerante no céu eu tomo". Perguntaram-no então: "Por que?". Ele espertamente respondeu: "Por que no céu não tem, nunca mais!". Achei a resposta dele maravilhosamente pedagógica.


É verdade, no céu não haverá nunca mais.

No céu não existe "nunca mais" por que "nunca mais" é linguagem terrena, humana e nos lembra da prisão da hora e do tempo.

Nunca mais!

No céu a linguagem é pura eternidade que não é linguagem de tempo, mas é linguagem sem fim.

Um dia, num dia desses em que não sabemos e nem imaginamos. Num dia desses onde não haverá contabilidade de dias entraremos no novo céu e lá nós não mais nos lembraremos do "nunca mais".

Quem assim seja.
Essa palavra Resiste!



J.R.S

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

COM O POUCO QUE SOBROU...

E do pouco que sobrou fez um castelo e sonhou...
pouquinho de amor.
pouquinho de dor.
pouquinho de valor.

sonhou que com o pouco que sobrou.
da gotinha da água que tmbou e da
lágrima que rolou.
Da tinta que pintou fez um guadro
de tricô.

Fez um castelo sem escadas.
fez um caminho sem parada.
Fez uma estrada sem nada.

caminhou.

Tudo num sonho.
Tudo como um conto.

dormiu, sonhou e acordou.

Tudo isso com o pouco que sobrou.