segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

Natal





“...e vejamos o que aconteceu e o que o Senhor nos deu a conhecer” (Evangelho segundo escreveu Lucas 2.15)

E Deus se dá.

Natal é “coisa” que Deus se dá a conhecer.

A Luz é forte e ofusca o olhar – o olhar é frágil ao Sol, mas quando Deus se dá a conhecer, a Luz de sua revelação fortalece o olhar diante da sua Luz.

...e o que torna o olhar forte em sua fragilidade, é aquilo que Deus se dá a conhecer.
No conhecer ao Deus que se dá, não há recebimento (...) há consciência de Ser e estar com (...)

...e assim, Deus vai nos fazendo vê-lo, de frente, pelas costas – coisa que só se ver a luz do mistério da revelação.

Co-naîte Co-nascer/ Ser...

A revelação/desvelamento o tirar o véu, não é ver a Deus – não vemos a Deus – Deus se dá a Conhecer.

Natal...

Deus se fez (...) Deus se faz (...) fazendo/fazer...
...e Deus se aquece no útero de uma mulher.
Calor que não é o fogo do seu Ser (...) é útero que do barro tirou – da costela, criou, pois como disse Rubem Alves: “O corpo não está destinado a elevar-se a espírito (...) é o Espírito que acolhe fazer-se visível no corpo”.

Deus se dá a conhecer! Essa é a boa notícia!!!

...como receber algo de olhos fechados?!

Gregório de Nissa, dizia algo a respeito disso, que é oportuno citar neste momento: “É Deus que lança a flecha do amor, seu Filho monogênico, após ter umedecido as três extremidades da ponta com o Espírito vivificante, a ponta é a fé que não apenas introduz a flecha, mas é também o arqueiro”.

Deus se dá nos olhos abertos da revelação.
...é preciso que Deus se revele para o vermos, no mistério escondido – pelos olhos, diante, o vemos, atrás – as costas.

Natal...

É extrair a beleza das luzes de fora, fechar os olhos, e ver a Luz de dentro.
É deixar calar os cânticos...

Fazer-se canção.

É golpear com a Luz, a escuridão...

...e em um canto do mundo, Deus se despe e fica nu, vestido de Glória, nos Homens e com os homens de boa vontade.

...e o que o Senhor nos deu a conhecer?!

O que há para ser conhecido?!

...somente aquele que se dá a conhecer.

Jesus!

O Deus do Natal, mora na face roseada do Jesus de Nazaré, mas isso, é apenas para aqueles a quem Deus se dá a conhecer e Ele está fazendo isso nesse exato momento. Você o está vendo?!

Comecem as festas!!!
...ele vem saltando pelos montes!

“O essencial é invisível aos olhos” (Antoine de Saint-Exupéry)

Feliz aquele a quem Ele se dá a conhecer!!!

Natal...



terça-feira, 31 de outubro de 2017

Não há Reforma sem Rupturas.









“...não podemos deixar de falar das coisas que vimos e ouvimos” (Atos 4.20)

A reforma protestante foi um movimento que provocou rupturas e portanto, historicamente falando, é quase impossível haver algum tipo de reforma, sem algum tipo de ruptura.

Em síntese, a reforma protestante foi um movimento que se propôs a reforma a Igreja cristã na idade média quando as suas estruturas doutrinárias estavam em um estado de decomposição. No entanto, houveram muitas resistências por parte do clero e os primeiros reformadores não tiveram muito êxito em suas tentativas. Muitos foram executados, acusados de heresia contra a Igreja, observem: eles foram executados por heresias contra a igreja e não contra a Escritura Sagrada. Dentre os reformadores executados, podemos citar John Huss que foi condenado por reagir aos impostos cobrados pela igreja, por negar a transubstanciação e as indulgencias. Huss foi executado na boêmia, região do império romano Germânico.

Anos depois, surgiu no cenário histórico um monge agostiniano chamado Martinho Lutero que se impôs fortemente contra a deformação do cristianismo patrocinada pela a igreja apostólica católica romana.

Lutero deflagra a reforma a partir de suas convicções pessoais no que dizia respeito as Escrituras Sagradas. Ele vivia em constante dilema e conflitos com Deus, mas seu encontro com a verdade das Escrituras o ajudou a minimizar seus dilemas, porém, eles, historicamente falando, nunca acabaram. Lutero descobre que a salvação é um Dom de Deus e ela não acontece via obras humanas. Neste período, a Igreja vendia indulgências que, perdoavam tanto os pecados de quem as adquiria quanto os pecados dos entes queridos que já haviam falecido. 

Lutero então, nas Escrituras descobre o evangelho que dizia: o justo viverá pela fé, pois é pela fé que se manifesta a justiça de Deus.

Martinho Lutero, ao se deparar com uma verdade tão estarrecedora, tenta promover reformas na igreja através de seus sermões e artigos, mas descobre ao final que isso não pode acontecer sem o confronto e a ruptura.

Essa é uma das principais mensagens da Reforma Protestante: não há reforma sem ruptura.

Jesus dizia: “Não se coloca tampouco vinho novo em odres velhos; do contrário, os odres se rompem, o vinho se derrama e os odres se perdem. Coloca-se, porém, o vinho novo em odres novos, e assim tanto um como outro se conservam”. (Mt 9.17).

Qualquer movimento que se proponha substituir a mentalidade antiga, tradicional e apegada mais a costumes do que ao evangelho, enfrentará sem sombras de dúvidas a resistência de Odres velhos.

Lutero enfrentou isso. No entanto conseguiu com a ajuda de outros, levar adiante o seu projeto de reforma, mas isso, não sem confronto, sem luta e sem rupturas.

A Reforma Protestante completa 503 anos e o que mudou? O que ainda precisa mudar? Qual a relevância essencial da reforma, fora seu aspecto histórico?

A Reforma foi um achado do evangelho que estava guardado nas prateleiras empoeiradas das tradições e costumes da igreja na idade média.

Onde está o Evangelho hoje?

A reforma deixou seu legado e seus principais pilares são: Sola Fide, Sola scriptura, sola cristus, sola gratia e soli deo glória.

A Igreja Cristã Evangélica, sim! Porque se é evangélica, baseia-se no evangelho – a igreja vive esses princípios? Ou ela, novamente se perdeu nos porões das tradições, costumes e atualmente, na indústria do entretenimento e no antropocentrismo?

Não há um ambiente para a reforma como houve no tempo de Lutero, mas é visível a necessidade de novamente redescobrir o evangelho da Graça, o Cristo que é o Salvador, a Escritura que não é um manual para sabermos como arrancar algo de Deus, a Fé que não é um interruptor que apertamos e as coisas acontecem e a Glória de Deus que muitos tentam dividir entre os artistas gospels.

A Igreja Reformada, sempre se reformando – lema da reforma.

...e quem desejar promover qualquer reforma, terá que enfrentar o risco de rupturas e não apenas rupturas institucionais, mas intelectuais e sociais.

Quem é apto para isto?




Soli Deo Glória

domingo, 24 de setembro de 2017

Homossexualismo, Cura Gay e Homossexualidade.





Em tempos de festas, já dizia uma antiga machinha, facas amoladas e o pobre patinho não faz mais quáquáquá.

Tenho ouvido e visto muito sobre homossexualismo, homossexualidade e cura gay e as facas voam de um lado para o outro sem que haja uma conclusão para o assunto: oferecer cura para o homossexualismo é tratar o homossexual como um doente ou como quem contém uma doença e os homossexuais a ouvirem tal noticia, se atiçam e colocam-se em pé de guerra para defender a sua causa, gritando a plenos pulmões: HOMOSSEXUALISMO, HOMOSSEXUALIDADE NÃO É DOENÇA! E, se levarmos doença ao pé da letra, realmente não é doença. Portanto constitui-se um verdadeiro absurdo identificar o homossexualismo como uma doença e consequentemente é um absurdo mais ainda, oferecer uma cura. Como oferecer cura para aquilo que não é doença?

No entanto, não podemos sair por pelo mundo, vitalizando a ideia de que o “MUNDO É GAY”. Isso também não é verdade. Assim, como também, não podemos admitir que é NORMAL a prática homossexual. Posso dizer que nos últimos anos, há um aumento considerável de homossexuais e práticas homossexuais, claro que isso, tem um patrocínio da mídia, por vias de Novelas, Seriados, Filmes e uma vasta participação em programas televisivos cujo objetivo nítido é a divulgação e propagação da ideia homossexual.

Observe: não há extremos aqui: não é doença, mas também não podemos tratar como algo normal, embora, diga-se novamente, nos últimos dias tem sido bem comum no seio da sociedade.

Diante disso, surge a pergunta: o que é o homossexualismo? O que é a homossexualidade? Porque se toca tanto neste assunto ultimamente? Porque existe uma tentativa tão grande de homossexualizar o mundo? Porque os debates não chegam a um senso? Porque a guerra? O que está em jogo? Porque a mídia em vez de apoiar, não gera um debate equilibrado sobre o assunto? Porque não sentam os Psicólogos, Filósofos, Teólogos e homossexuais e buscam a origem disso tudo? É mais fácil tentar implantar uma ditadura religiosa do que dialoga? É mais fácil implantar uma ditadura homossexual do que sentar e dialogar? É melhor dar a ciência a última palavra do que sentar e dialogar? Porque é melhor a guerra do que a paz? Porque é melhor empunhar espadas do que colocá-las na bainha? Porque o insulto em vez da educação? Porque esse ódio todo de certos líderes cristãos? Porque esse movimento homossexual contra cristãos? Porque nos últimos anos evoluiu tanto o número de morte aos homossexuais? Sim! Porque nos últimos anos se tem assassinado homossexuais como nunca! Porque eles devem morrer? Somos nós que temos que dá a sentença? É a Igreja que tem que sentenciar? É a sociedade que tem que sentenciar?

Não estou defendendo o homossexualismo e nem suas práticas. Mas também não os sentencio a morte, seja física, emocional, psicológica ou social.

O que me proponho? Proponho a busca da origem. Onde tudo começou? A principal causa. Porque não começamos por esse caminho e lhes garanto que quando chegarmos ao final da caminhada, apenas a verdade triunfará.

...e por favor, não me venham com o questionamento filosófico sobre: qual verdade? Pois todos nós saberemos, dentro de cada um, onde a verdade mora.
Que acham de começar a caminhada? O que acham de começarmos pelo diálogo, sincero, respeitoso e amoroso, em busca da origem?

Esse é o caminho de paz...




quinta-feira, 20 de julho de 2017

Filocalia (43)





Quem pode saciar a nossa sede senão a fonte?

(Leloup)

Descobri por esses dias que, depois de andar tanto, passar por várias estradas e finalmente encontrar o caminho, você acaba descobrindo a verdade que só pode ser descoberta depois de encontrá-la dentro de outras verdades.

É isso mesmo...

Há outras verdades além das minhas e devo respeitá-las e me colocar a escuta, dependendo, até internalizá-las e liberá-las por meio de aberturas existenciais para plantar relações saudáveis.

Tenho minhas verdades, mas não devo obrigá-las ao outro (...) a mim somente, sem tirania e neuroses - apenas deixo-as brincar dentro de mim - elas andam de um lado para o outro e me sorriem todas as vezes que nos sentamos e dialogamos.

...aniversários são ritos de passagem.

Você passa, mas os anos ficam para trás.

Durante esses 43 anos, minhas verdades foram geradas e cuidadosamente trabalhadas para nascerem em tempo certo - nem prematuramente (para não correr o risco da soberba) e nem após o período correto para nascer (afim de que não sobreviva) criando outro mundo sob meu olhar.

enumero-as agora...

Não basta ter conhecimento, é preciso ter sabedoria.
Não basta ver, é preciso enxergar.
Não basta reconhecer o erro, é preciso pedir perdão.
Não basta mudar, é preciso continuar mudando.
Não basta ser conselheiro, é preciso ser um caminho de alegria e paz na vida daqueles que passam por nós.
Não basta ter amor, é preciso doá-lo.
Não basta ter alguma coisa, é preciso ser alguém.
Não basta ter vida, é preciso ser vida.
Não basta fazer o bem, é preciso evitar o mal.
Não basta reconhecer a ferida que fez no outro, é preciso curá-la.
Não basta falar a verdade, é preciso ser verdadeiro.

Verdades que aprendi...

No entanto, elas são sementes que vão ficando pelo caminho - não as levo comigo, eu não tenho que levá-las comigo, elas devem estar dentro de mim.

43...

Ainda estou aqui...

"Feito de barro e não do aço.
...e não gosto de longe, gosto do abraço.
Não sou forte e nem fraco.
...vivo dormindo e acordado.
Ando a pé e descalço.
Sou nordestino cabra-macho.
Já fui solto, hoje tenho laço.
Hoje respiro, mas já fui muito cansado.
A vida já me foi muito percalços, mas Jesus tomou meu fardo.

Meu caminho não é de guerra, é de paz.
...já derrapei em muitas curvas, hoje não mais.
Já passei muita sede, hoje tenho uma fonte que me satisfaz.
Não preciso divulgar minha vida, não gosto de cartaz.

Se quiser ser meu amigo, não seja dissimulado.
...encoste, devagar, ande ao meu lado.
Não me minta, não me engane, não me tenha dó.
Seja integro, seja manso e tenha uma palavra só".


Já dizia o saudoso Rubem Alves: "Não basta viver (...) tem que ter beleza".

E como dizia Dostoiesvski: "A beleza salvará o mundo".

À Deus seja a Glória pelas bençãos são fim!!!

43 anos ...






terça-feira, 11 de julho de 2017

A Vontade de Deus e a Nossa (2)





“Mas aquele que, no seu coração, tomou firme propósito, sem coação e no pleno uso da própria vontade, e em seu íntimo decidiu...”
(I Co 7.37)

“Não nascemos para fazer alguma coisa, mas para sermos alguém”

(Leloup)

Na primeira parte desse artigo sobre a Vontade de Deus em nossa relação com Ele e com a vida que Ele deseja para nós. Falamos que, a Vontade de Deus está descrita, inscrita e escrita nas páginas da Escritura Sagrada, basta apenas irmos diretamente a ela e descobrirmos.

No entanto, existem certas decisões pessoais que cabem ao próprio individuo toma-las e é neste ponto que desejo manter-me aqui.

Queremos que Deus esteja presente em nossas vidas e o queremos participativo, mas as vezes, só as vezes, tenho uma ligeira desconfiança de que em certos momentos quando pedimos a Deus para fazer parte de nossas decisões pessoais, fazemos isso, muito provavelmente com a seguinte intenção: “Bom, vou fazer, pois consultei a Deus e não tem como dar errado”. 

O que queremos com essa atitude? Na verdade. O que queremos? Queremos que Deus nos conduza ou queremos alguém para responsabilizar caso as coisas não aconteçam como desejamos? Será que no íntimo, observe, estou apenas conjecturando, não estamos querendo instrumentalizá-lo a favor de nosso benefício? Será que não estamos querendo nos eximir das responsabilidades pessoais? Será que podemos fazer esse exercício e sermos honestos conosco e com Deus? Será que não estamos, com isso, atrás de alguém para culpa-lo por nossas frustrações?

É bom fazermos essas indagações pessoais para não corremos o risco de estamos sendo dissimulados, querendo fazer algo e consultando a Deus na direção exposta, fazendo assim um exercício de consciência para vermos onde vai terminar isso.

O apóstolo Paulo, fala de vontade própria e decisões que são tomadas no íntimo.

Se é uma vontade boa e no íntimo as decisões são legais ou ilegais, morais ou imorais, eu e você temos a total capacidade de discerni-las a luz da nossa própria consciência apegada as Escrituras Sagradas.

O apóstolo Paulo fala da boa consciência: “...até o dia de hoje tenho andado diante de Deus com toda boa consciência” (Atos 23.1). 

Embora, a estrutura humana tenha sido desorganizada pela presença do pecado, Paulo afirma que tem andado diante de Deus com boa consciência. Observe: isto é para quem anda com Deus. Será que eu tenho andado com Deus? 

Será que o meu andar com Deus, caso eu ande, tem produzido em mim uma boa consciência?

Paulo ainda fala de uma consciência que, tanto acusa quanto defende: “...dando disto testemunho sua consciência e seus pensamentos que alternadamente se acusam ou defendem” (Rm 2.15). Ele ainda fala que a consciência é um testemunho: “...O nosso motivo de ufania é este testemunho da nossa consciência; comportamo-nos no mundo, e mais particularmente em relação a vós, com a santidade e a pureza que vêm de Deus, não com sabedoria carnal, mas pela graça de Deus” (II Co 1.12). E ainda, o autor da Epístola aos Hebreus fala de uma consciência purificada: “Aproximemo-nos, então, de coração reto e cheios de fé, tendo o coração purificado de toda má consciência e o corpo lavado com água pura”. (Hb 10.22)

A consciência é uma boa aliada ou aliado, no momento de tomar decisões pessoais. No entanto, observe: a consciência que passou, passa e está passando por essa metanoia.

É a primeira da minha lista de dicas para se tomar decisões pessoais: a consciência apegada e metaforseada pela Escritura Sagrada.

A questão é: Como está a minha consciência? Como está a tua consciência? Como estamos?


Vou deixar você conversando com o texto...

quarta-feira, 5 de julho de 2017

A Vontade de Deus e a nossa.



“...mas procurai conhecer a Vontade do Senhor”. (Efésios 5.17).

“Antes de realizar uma ação ou uma obra importante, segundo o conselho do Evangelho, senta-te e pedi ao Senhor e vê se isto está em harmonia com a sua Vontade. Se está obra não te fizer progredir no amor, renuncia a ela”.

(Leloup)

Qual a Vontade de Deus? Essa pergunta é uma das mais feitas por todos que tem medo de fazer algo fora da Vontade de Deus.

Bom, quero apenas lembrar que essa pergunta, necessariamente gera outras perguntas que, dependendo da resposta, gerará outras perguntas. É um ciclo! Não há resposta fácil aqui e quem é inteligente, não se satisfará com respostas programadas, óbvias, do tipo das que já estão no formulário catequético, nas revistinhas religiosas e nos discursos ditatorialmente incorretos.

Do que estamos falando aqui na verdade? Da Vontade de Deus? Bom, o que queremos saber?

O apóstolo Paulo escrevendo a Igreja em Éfeso, instrui os membros a procurarem, a entenderem a Vontade de Deus, mas sobre o que ele está falando? Em que momento ele instrui isso? Observe como é importante um olhar andarilho sobre todo o contexto.

Queremos saber qual a Vontade de Deus, mas a Vontade de Deus sobre o quê necessariamente? Pois a Vontade de Deus já está revelada nas páginas das Escrituras Sagradas! Sobre isso, o conselho que lhe dou é: leia o texto bíblico até ele falar com você! A Vontade de Deus em relação a você e Ele, está contida nas páginas Sagradas.

Agora, se a busca da Vontade de Deus for aquela relacionada as nossas decisões pessoais, então, não será em um simples artigo que iremos dirimir essa questão, pois isso não é uma pergunta, mas uma questão. Qual a Vontade de Deus para isso...? Ou aquilo? Será que Deus quer que eu decida por A ou por B? Será que Deus quer que eu fique ou vá? Será que deixou ou não deixo? Será que pego ou não pego?

Observe: isso não tem haver, diretamente com a Vontade de Deus, mas com sua própria vontade. São questões de cunho bem pessoal e fala aos seus interesses pessoais! Que isso fique bem clarificado.

O que acontece é o seguinte: nós queremos que Deus esteja participando de nossas decisões pessoais. Sendo assim, a história muda. Não estamos tratando da Vontade de Deus, mas estamos tratando da nossa vontade e queremos alinhá-la a Vontade de Deus. Pronto! Acredito que seja isso.

Se quisermos saber a Vontade de Deus, devemos consultar as páginas das Escrituras. Agora, se quisermos saber sobre as nossas vontades devemos consultar a nossa consciência.
  •    Vontade de Deus – Bíblia.
  •    Nossa vontade – nossa consciência.

Agora, queremos tornar Deus participantes da nossa vontade, então vamos alinhar as páginas das Escrituras com a lei moral ou os princípios instalados em nossa própria consciência.

Qual será a Vontade de Deus em relação a uma semente plantada? Quando as nuvens se aglomeram e nublam, sinalizando chuva, qual será a Vontade de Deus? E se pela manhã, o Sol desponta no horizonte iluminando tudo, qual será a Vontade de Deus?

Qual será o real motivo de suas decisões? O que está por trás? O que lhe motiva a fazer o que você está prestes a fazer? Quais as verdadeiras intenções? O que está por trás do véu? O que está oculto e ninguém vê? De onde brotam os sentimentos? Para onde eles irão levar-te? Eles conduzem você para o topo de uma Montanha ou eles lançam você em um buraco escuro? O que você está para fazer, tem relação com amor ou com ódio? Tem relação com doar ou reter? Livrar ou aprisionar? Quais são as tuas verdadeiras intenções?

Essas indagações não devem ser feitas à Deus, mas a nós mesmos. Sim! Sem fingimento, sem máscaras, sem maquiagem, sem teatro, sem disfarces! Aqui, eu não devo consultar a Bíblia, mas a mim mesmo! Ao meu caráter e a minha própria consciência, caso, diga-se de passagem, eu ainda a utilize.
Como eu vou colocar Deus em uma situação que, inicialmente, observe, inicialmente tem haver diretamente comigo? Não! Não é a Deus que inicialmente eu devo indagar, mas a mim mesmo. Entende? A indagação deve ser feita à você, inicialmente falando. 
Eu não sei se você já observou, mas as vezes colocamos Deus em cada situação, não é verdade?

Existem certos “nãos” que não é Deus quem tem que dizer: é você quem tem que dizer. Ora, assim como existem certos “Sim” que não é Deus quem tem que dizer: é você que tem que dizer.

Entende?!

Diante disso, posso lhe oferecer apenas alguns conselhos meus para mim, que posso compartilhar com você e então, caso desejares levar para ti, fique a vontade...

Vou deixar você conversando com o texto.

Daqui a pouco coloco a lista...

sábado, 15 de abril de 2017

O Início da Consumação: Silêncio.



Havia um jardim, no lugar onde ele fora crucificado e, no jardim, um sepulcro novo, no qual ninguém fora ainda colocado. Ali, então, por causa da Preparação dos judeus e porque o sepulcro estava perto, eles depositaram Jesus.

(Ev. João 19.41,42Bíblia de Jerusalém)

Há um silencio...
...que fala.

Quem não escuta um silencio, tão pouco escutará uma palavra.

Antes de se aprender a pregar, será necessário, aprender a calar.
Durante cerca de três anos Jesus falou incansavelmente, agora ele continua falando, em silencio.

...eles depositaram Jesus.

Naquele dia, tudo foi silencio – o sábado é silencioso – o dia silencia.

...e nós também.


O Início da Consumação: Pilatos.



Disse-lhe, então, Pilatos: "Não me respondes? Não sabes que eu tenho poder para te libertar, poder para te crucificar?" Respondeu-lhe Jesus: "Não terias poder algum sobre mim, se não te fosse dado do alto; por isso, quem a ti me entregou tem maior pecado". Daí em diante, Pilatos procurava libertá-lo. Mas os judeus gritavam: "Se o solta, não és amigo de César! Todo aquele que se faz rei opõe-se a César!" Ouvindo tais palavras, Pilatos trouxe Jesus para fora, fê-lo sentar-se no tribunal, no lugar chamado Pavimento, em hebraico Gábata. Era o dia da preparação da Páscoa, perto da sexta hora.

(Ev. João 19.10-14 – Bíblia de Jerusalém)


Como alguém pode chegar tão perto da verdade, olhar para ela, senti-la como espada cortante em sua mente e seu coração e ainda assim, descarta-la?

Pilatos pensou que tivesse autoridade – e até tinha – aquela concedida pela máxima autoridade, o Pai.

...e o que ele não sabia, era que essa autoridade não arranhava as portas da Eternidade.

Não, Pilatos não era um covarde, apenas agiu conforme as suas conveniências – conforme a sua natureza. Ele tem que fazer escolhas e as faz a partir de si mesmo.

No ato de escolher um lado, sempre não se escolhe o outro lado – óbvio – toda escolha sugere uma perda – perdas maiores ou menores.

Cristo estava sendo julgado e logo depois foi sentenciado a crucificação, mas o que a história não conta é: Cristo foi para a Cruz de Madeira e Pilatos foi para a cruz de seu trono.

Pilatos sentenciou Jesus a morte por interesses políticos e conchavos partidários – e Cristo foi crucificado pelos romanos a pedido dos judeus...

...e por nós também.


O Inícío da Consumação: Pedro.



Simão, Simão, eis que Satanás pediu insistentemente para vos peneirar como trigo; eu, porém, orei por ti, a fim de que tua fé não desfaleça. Quando, porém, te converteres, confirma teus irmãos". Disse ele: "Senhor, estou pronto a ir contigo à prisão e à morte". Ele, porém, replicou: "Pedro, eu te digo: o galo não cantará hoje sem que por três vezes tenhas negado conhecer-me".


(Ev. Lucas 22.31-24 – Bíblia de Jerusalém)


É no momento de intimidade com Deus que Ele revela quem somos e o que deveríamos ser.

Na última Ceia, Simão que era o Pedro, teve um diálogo com Cristo extremamente revelador, Jesus o disse: “Simão, Simão, satanás pediu insistentemente para vos peneirar como trigo...”.

É de arrepiar!

Em que momento isso aconteceu?
Quando Satanás se apresentou a Cristo para fazer tal pedido a Jesus?

Insistentemente!

Cristo o permitiu, mas não o deixou só.

Há uma batalha espiritual na última semana de Cristo aqui na terra e o alvo de satanás, dessa vez, não era o Cristo, mas um dos seus discípulos mais apaixonado!

Amar a Cristo e ter a certeza de seu amor, não isentou Simão de ser atacado e sofrer certas manipulações de satanás.

No entanto, Cristo intercedeu por ele, mesmo sabendo que Simão iria negá-lo.
Satanás também está a nossa espreita e tenta desviar-nos de Cristo – sabemos que as vezes, isso pode acontecer.

Podemos sucumbir, sim!

Nossas melhores intenções não garantem nada!

Não basta vestir uma roupa limpa e ir ao Culto.
...é preciso ser limpo pela palavra todos os dias.

Não bastar carregar a Bíblia nas mãos e nem sequer saber onde ficam localizados seus livros.

Não bastar dizer que é – tem que ser.

Simão disse que seguiria Cristo até a morte e esbarrou, no começo da noite, inicio da madrugada, nos três primeiros questionamentos que lhe foram impostos, depois que Cristo foi preso.

Não se espante com isso...


Nós, muitas vezes também esbarramos.