domingo, 26 de junho de 2011

Entre o Urgente e o Importante





"Reuniram-se os apóstolos com Jesus e contaram-lhe tudo o que tinham feito e ensinado. Ao que ele lhes disse: Vinde vós, à parte, para um lugar deserto, e descansai um pouco. Porque eram muitos os que vinham e iam, e não tinham tempo nem para comer. Retiraram-se, pois, no barco para um lugar deserto, à parte" (Mc.6.30-32).

"Ponha as primeiras coisas em primeiro lugar e teremos as segundas a seguir; ponha as segundas coisas em primeiro lugar e perderemos ambas" (C.S Lewis).


Há quem diga que a vida é um "urgente".
Há quem trate a vida e as atividades ao redor como algo extremamente urgente e apartir disso cria-se o conceito de vida imediata. As coisas devem acontecer imediatamente. Há uma pressa desenfreado no povo e a humanidade vai caminhando sob o signo da pressa, da coisa urgente do "tem que ser hoje...".

Assim a vida e suas atividades ao redor formam um grande "urgente", mas não necessariamente importante. As vezes o que é urgente não é importante pois o importante nunca deve ser relegado a tarefa do urgente. O importante é como a comida que deve ser saboreada. Você já comeu apressado? Se já comeu apressado, me responda uma pergunta: "Você conseguiu saborear a comida apressadamente?". Bom pensar não é?

Quando leio textos da Escritura Sagrada e me deparo com a figura maravilhosa de Jesus de Nazaré, fico extasiado com a forma que ele lida com tudo. No texto acima por exemplo, os seus discipulos estão envolvidos em uma obra evangelisticamente sociológica de forma que eles estavam cansados, exaustos e famintos, mas não paravam de jeito algum, até que em determinado momento, Jesus aproximou-se deles e eles felizes relatavam tudo que estavam fazendo e ensinando. Jesus, com seus olhos meigos e o coração apaixonado pelos seus, olhou-os nos olhos e disse: "...repousem um pouco". Parei neste texto. Travei. MInha mente e coração ficaram fixos na busca utópica de tentar ouvir a voz de Cristo dizendo isso. Sou fã apaixonado de Jesus e procuro serví-lo não porque ele me levará ao meu lar eterno quando a minha casa terrestre se desfizer, procuro serví-lo pelo Ele me toca. Quando leio um texto como esse me faço a pergunta: "O que é importante? O que é urgente? Qual a relação do urgente com o importante? Aprendo com Jesus a distinguir essas duas coisas. Para Jesus, o importante não precisa ser urgente. Para Jesus, o importante tem seu lugar. Os discipulos estavam fazendo uma obra maravilhosa, mas ela estava tornando-se urgente e não importante. Para Jesus, a obra que seus disipulos estavam fazendo, era uma obra importante e não urgente. Qual a verdadeira importancia desse texto? Ora, Jesus chega para seus discipulos e diz: "...repousai um pouco". Isto significa que o mais importante da obra que eles estavam fazendo era eles mesmos. Se eles não tivessem bem, como fariam a obra? Se eles tivessem cansados e famintos, como fariam um bom trabalho evangelístico? Em Jesus não há in-versão de valores. Infelizmente nas instituições evangélicas há, mas deixa isso quieto porque se não vão começar a fazer barulho em meus ouvidos. Afinal de contas, o mundo dos meus irmãos é tão perfeito, não é?

Jesus trata o importante com importancia sem fazer inversão. Os discipulos naquele momento eram importantes e não a obra que eles estavam fazendo da forma que estavam fazendo. A obra de Deus, digamos assim é importante, não é urgente! Urgente, as vezes não é importante. Não adianta tratarmos as nossas atividades com importancia quando tratamos a nós mesmo como urgentes.

O que é importante em sua vida? Você trata isso com importancia ou com urgencia? Você trabalha porque seu trabalho é importante ou porque seu trabalho é urgente? Você faz o que faz porque não tem outra coisa para fazer ou você faz o que faz porque o que você faz é importante? Você vai à igreja porque é importante ou porque é urgente? Você serve a Cristo porque ele é importante para você ou porque você tem medo das pregações terroristas que vem dos púlpitos? Você ama seus filhos porque eles são importantes ou porque eles demandam urgencia? Você ama o seu marido ou a sua esposa ou a sua namorada porque eles são importantes ou porque são urgentemente convenientes?

Jesus estava ensinando aos seus discipulos a diferença entre o que é importante e o que é urgente. Será que aprendemos? Será que aprenderemos? Deus nos ajude nessa jornada.







J.R.S

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Homossexualismo







Em principio gostaria de dizer que não estou defendendo a pratica homossexual, não sou homossexual, não tenho filhos homossexuais, não tenho parentes homossexuais e pelo que eu saiba, não tenho amigos próximos que sejam homossexuais e se eu tivesse também não constituiriasse um problema para mim. Portanto não estou advogando em causa própria ou de outrem. Estou apenas colocando uma questão que me in-daga.

Há uma dúvida que permeia o meu pensamento e desejo expôr aqui sem medo de ser lançado na fogueira: No ultimo dia primeiro de Junho houve um movimento em frente ao Congresso Nacional, por parte dos lideres evangélicos contra um projeto de Lei que visava beneficiar os homossexuais e coibir qualquer critica ao movimento homossexual no Brasil. Minha questão não é o movimento contra (contra isso não tenho nada contra) mas o movimento pró-teção. MInha grande in-dagação é se os gritos contra o projeto de lei eram legitimos ou havia algum interesse rondando os ecos dos gritos.

Será que haviam outros interesses? Ou a causa era mesmo legitima quanto a sua pró-posta de proteger a família e o direito de se expressar?

Dúvida! Ah! Dúvida cruel!

Não haveria dúvida se não houvesse certeza: a certeza é que pró-voca a dúvida. Eles estão tão certos daquilo que gritam. A placa erguida anuncia visualmente a in-tenção: "PELA FAMILIA!". No entanto, coloco uma outra questão aqui: porque não fizeram uma passeata para pró-testar contra a violência a um homossexual que foi assassinado em São Paulo? Por que não esbravajaram na televisão contra um in-becil que quebrou uma lâmpada fluorecente no rosto de um homossexual, também lá em São Paulo?

Reprodução de imagem Tv Globo

Perdoe-me pela i-gnorância, mas não vi nenhum televangelista fazer um pró-testo contra isso. Se alguem viu, por gentileza me passa o link para que eu possa me ré-tratar aqui.

Não tenho nada contra fazer um movimento em pró-familia, mas porque a proporção não é a mesma? Porque a medida não é a mesma? Porque com a mesma in-tensidade que se prega contra, também não se prega a favor da paz?

Não estou defendendo a pratica homossexual: defendo a igualdade no que diz respeito a preservação da vida e a salvação do ser humano.

Nossa religião, pois na verdade é isso que ela é: religião. Deveria ser mais cristã, cristada e cristalizada do que institucionalizada e tendenciosa. Se pegarmos Cristo como exemplo para as nossas atitudes no que diz respeito ao outro, haveremos de encontrar uma diferença absurda! E a pergunta que me faço e faço para todos é: O que na verdade os cristãos-evangélicos são? São cristãos? São Crentes? São religiosos? São discipulos de Jesus?

A esse respeito tenho dúvidas. Digo logo de passagem que não tenho medo de grito!

O problema é que muitas vezes no julgamento que é feito contra esse ou aquele, a balança é enganosa. Balança enganosa é abominação ao Senhor. No julgamento do pecado do outro o martelo sempre é batido com mais força do que no julgamento do pecado de quem utiliza o martelo. Você já percebeu?

É preciso fazer uso das palavras de Jesus e de suas boas novas de Salvação para tentarmos alcançar essas pessoas tão necessitadas da graça de Deus quanto qualquer um de nós. Alguém se habilita?







J.R.S