terça-feira, 24 de novembro de 2015

...e o que seria de você se não fosse o poder de suas feridas?



“...ele foi afligido e torturado, mas não disse uma única Palavra” (Is 53.7)

Sim! Eu sei que o assunto é delicado e requer responsabilidade e habilidade em tocar nele: Nunca é bom falar sobre Feridas. No entanto, enquanto estamos feridos não conseguimos pensar, analisar e ver tudo o que acontece conosco por um ângulo totalmente oposto aquele em que insistimos em enxergar.

A Ferida dói! Se deixarmos, ela desenvolve um diálogo conosco e um diálogo persuasivo levando-nos a ficar, como dizem, lambendo nossas feridas. Raízes de amargura e sentimentos ruins tentam avizinhar-se [...] é, nossas feridas falam, mas não devemos deixa-las falarem por muito tempo. É preciso ver de um alto-monte para enxergar toda a campina, é preciso contemplar outras coisas durante a subida no monte que não seja só o cansaço e o abismo.
O que você faz com suas feridas? Como lida com elas? O que fazes com o a dor que ela te causa? O que você produz a partir disso? Você trava? Fica inerte? Se esconde? Maquina no escuro, mesmo diante do Sol, a vingança? O que você faz? Desconta em um outro? Sai ré-verberando aos quatros ventos?

“...ele foi afligido e Torturado [...]”. Disse o profeta Isaias sobre o sofrimento do Messias, anos antes do seu nascimento.
O que o Messias fez com a aflição a que foi submetido? O que Cristo fez com a tortura a que ele foi submetido?
“...mas não disse uma única Palavra”. Disse o profeta Isaias e podemos confirma na leitura dos evangelhos.

Ele trabalhou em silêncio e fez de suas feridas uma arma poderosa! Mas não uma arma de destruição, porém, uma arma de auto superação e auxilio tanto a si quanto aos que dependiam dele. Quando lemos o texto profético de Isaias que narra todo o sofrimento do Messias, sentimos ao deslizar os olhos por cada palavra, que o silencio dele era tão somente o grito pelo lado de dentro. Se doeu? Claro que sim! Ele era justo? Claro que sim! Devia alguma coisa para passar por aquilo tudo? Não! Mas mesmo assim aceitou ser ferido e Humilhado, afligido, torturado [...] Para que tudo isso?

“...pelas feridas dele, fomos curados”. O Poder das feridas de Cristo, curou a Ferida Mortal de muitos.

Cristo superou a dor de suas feridas e as transformou em arma para oferecer vida. A questão básica é? 

Você sabia que existe força em suas feridas? Que suas feridas podem ser utilizadas como força de superação?

Onde estaria você [agora] se não fosse o poder de suas feridas? Já pensou a respeito disso? Olhou tuas feridas por esse ângulo?


segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Discernindo a Voz de Deus


“E, sendo já manhã, Jesus se apresentou na praia, mas os discípulos não conheceram que era Jesus. Disse-lhes, pois, Jesus: Filhos, tendes alguma coisa de comer? Responderam-lhe: Não. E ele lhes disse: Lançai a rede para o lado direito do barco, e achareis. Lançaram-na, pois, e já não a podiam tirar, pela multidão dos peixes. Então aquele discípulo, a quem Jesus amava, disse a Pedro: É o Senhor. E, quando Simão Pedro ouviu que era o Senhor, cingiu-se com a túnica (porque estava nu) e lançou-se ao mar. E os outros discípulos foram com o barco (porque não estavam distantes da terra senão quase duzentos côvados), levando a rede cheia de peixes.  Logo que desceram para terra, viram ali brasas, e um peixe posto em cima, e pão. Disse-lhes Jesus: Trazei dos peixes que agora apanhastes. Simão Pedro subiu e puxou a rede para terra, cheia de cento e cinquenta e três grandes peixes e, sendo tantos, não se rompeu a rede. Disse-lhes Jesus: Vinde, comei. E nenhum dos discípulos ousava perguntar-lhe: Quem és tu? Sabendo que era o Senhor. ”


O Cansaço os impediram de reconhecerem a Jesus (...) nós também, às vezes não o reconhecemos pelo mesmo motivo.
...e a ansiedade misturada com a frustração os impediram de discernir a sua voz (...) nós também, às vezes não discernimos pelo mesmo motivo.
A tensão ocorre entre a pergunta e a resposta: sempre!
“Tendes alguma coisa para Comer!? Pergunta o Mestre.
“Não!” Responde o discípulo, altamente chateado e frustrado, tenso de tanta vontade de voltar para casa.
É aqui onde nos perdermos.
Cansados demais para vê-lo e ansiosos demais para discernir sua voz.
(...) deixemos tudo então.
Optemos por aquilo que não desfoca nossa visão e não distrai os nossos ouvidos.
...aprendamos a lavar as mãos em rios calmos, como disse Alberto Caeiro e aprendamos calma também.
...e eles perceberam logo após que era o Senhor porque lhes veio a memória (Acharam, milagrosamente os peixes) que existem certas coisas que apenas Deus em Cristo pode fazer.
Creiamos nisto!



segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Regeneração e Verdade




E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” (Jo 8.32)
Irmão, se a verdade estiver em você, fluirá de todo o teu ser como o perfume se exala de todos os ramos do sândalo; impulsioná-lo-á para diante como os ventos alísios impelem os navios, inflando-lhes as velas todas; consumirá com sua energia toda a tua natureza como o incêndio na floresta queima todas as árvores da mata. A verdade não terá dado a você sua amizade totalmente, enquanto todos os seus feitos não estiverem marcados com o seu sinete” (C.H. Spurgeon).


A regeneração é um andarilho dentro das Escrituras Sagradas e corresponde a um campo muito vasto de reflexão. É uma das mais importantes doutrinas da Igreja que é objeto de estudo da Antropologia Bíblica. Jesus referiu-se a Regeneração, em certo encontro que ele teve com um rabino de sua época, de “IMPORTA-VOS”. A Regeneração “IMPORTA-VOS”. A regeneração é o mais importante!
No entanto, o trabalho do Espirito na Regeneração vem em princípio pelo conhecimento da verdade: sem a verdade é quase impossível a regeneração. É preciso que o ser humano tenha conhecimento da verdade para que ele seja iniciado no processo -generativo. Jesus em um de seus discursos, disse: “... e conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”. Compreende? É preciso conhecer a verdade para ser liberto e em seguida, ser regenerado.
Portanto, o primeiro passo é levar as pessoas ao conhecimento da verdade para que nesse processo, o Espírito faça a obra -generativa. Cautelosamente, faça com que as pessoas conheçam a verdade do evangelho e consequentemente elas se conhecerão e assim, entrarão na Bigorna do Espírito.


Jeorgino da Silva