sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

Amarás

 


Mestre, qual é o grande mandamento na LeiRespondeu-lhe Jesus: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento.

Mt 22.36-38

Um doutor da Lei, aproximou-se do Legislador da lei e perguntou:

- Mestre, qual é o grande mandamento na Lei? O Mestre então, respondeu:
- Amarás o Senhor teu Deus, de todo o teu coração, de todo a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento.

Amarás.

pessoa do singular do futuro do presente do indicativo.

Tu Amarás.
Indica que a ação tem que vir posteriormente a fala.
Os verbos usados no indicativo, transmitem um acontecimento certo e real.

Amarás - a fala acompanha a ação.
Imediatamente.
Ação gera acontecimento real.

Quem fez a pergunta à Jesus, o Mestre, foi um doutor da Lei, responsável por interpretá-la.
Quem responde a pergunta é Jesus, o Mestre, o Verbo de Deus. Simplesmente aquele que conhece a essência da Lei.

A Essência do amarás. Qual é?!

Enquanto falas que ama, ame.

É mais do que a observância de uma Lei.
É mais do que um preceito.

Amar a Deus é estar à caminho e no caminho e enquanto caminha, ama.
Não é romance. Pelo menos não, no estilo que conhecemos o romance.

Não da mesma forma que eu amo meu marido ou minha esposa, ou meu namorado ou minha namorada ou qualquer coisa nesse sentido.

Não é o amor romântico que jura "amor" eterno que dura poucos dias.
Definitivamente, não!

É amor que enquanto ama, se descobre e ao se descobrir, ama mais e mais intensamente de forma que o amor ultrapassa a forma da Lei, das letras (...) da obrigatoriedade.

Disse o Mestre:

"...de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento".

Amarás de forma completa.
Total.
Sem aberturas.
Todo envolvido.

No "Amarás" é preciso saber a quem "Amarás".

O mestre usa o artigo definido "o".
Nessa proporção, "amarás o Senhor teu Deus".

Eu amarei.
Tu amarás.
Ele amará.
Nós amaremos.
Vós amareis.
Eles amarão.





sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021

Fábulas

 


Mas rejeite as fábulas (Gr. mýthos ) profanas (Gr. bébēlos ) e de velhas caducas. Exercite-se, pessoalmente, na piedade (Gr. eusébeia).

I Tm 4.7


Sobre o trabalha missionário, evangelístico e pastoral do apóstolo Paulo, é possível imaginar, mas não mensurar. Ele evangelizou, implantou igrejas, discípulou e pastoreou seja presencialmente ou por meio de cartas enviadas as igrejas. Não havia em Paulo apenas o senso de pregar o evangelho, mas também de cuidar daqueles que se rendiam ao evangelho de Cristo. Aqui, se faz necessário dizer: uma tarefa nada fácil e muito menos simples.

Em uma de suas ultimas cartas, mais especificamente a primeira carta a seu filho na fé Timóteo, Paulo o adverte a rejeitar (Gr. paraiteomai) as fábulas profanas ou seja, mitos que só serviam para pavimento o chão - coisas que não acessam a verdade daquilo que ele havia ensinado. Paulo, o apóstolo, além de ensinar pessoalmente e por cartas, ainda se preocupava com o fato de outros passarem por onde ele já havia passado e ensinado, com tanto afinco, destruindo o que fora plantado por ele. 

Imagine.

Faça um exercício de reflexão.

Você planta.
Você rega.
Você cuida.

E então, vem outros por trás e tentam desfazer o que, suadamente, você trabalhou.

Paulo adverte Timóteo a recusar os mitos que tentavam ministrar dentro da Igreja
Rejeite! Dizia o apóstolo Paulo.

Paulo adverte Timóteo porque ele acredita plenamente que os mitos, as estórinhas que tentavam contar na igreja, não levariam as pessoas a plena luz do Evangelho.

A Fé é no Cristo dos Evangelhos e não no Cristo das estórias.

Há muita verdade alegórica nas fábulas, mas nenhuma delas conduz ao pleno conhecimento de Cristo.

O Púlpito não é lugar de mitologias evangélicas.
O Púlpito é lugar da pregação do Evangelho - pregação centrada em Cristo.

Um púlpito com mensagens antropocêntricas, tirará o Cristo do Centro da pregação.

Há contos que contam...
Há estórias que ajudam...
Mas contos e estórias não são o evangelho.

É preciso discernir.

Fábulas!

Paulo preocupou-se com certas fábulas que rondavam a Igreja em Éfeso, na gestão e pastoreio de Timóteo. É preciso olhar bem o texto por completo a fim de descobrir quais fabulas eram.

É um ótimo exercício de reflexão, não?

Agora, qual será a preocupação dos pastores junto as ovelhas, nos dias atuais?

Qual é a mensagem central do púlpito?
Jesus Reina no púlpito da Igreja ou o Nome dele está no Centro da parede só a título de decoração?

Fábulas!

Vivemos dias dificílimos, eu sei bem disso.
Mas as vezes, na tentativa de acalmar a Igreja, pregamos um Cristo que não existe, um evangelho que não existe e uma vida totalmente fora da realidade - e então, por fim, descobrimos que não estamos pregando, mas contando fábulas - estória para criança dormir.

Lucidez!
Precisamos.

Lucidez (...)
Dolorosa lucidez.