terça-feira, 24 de dezembro de 2019

Ele Habitou Entre Nós





σκηνόω - Armou uma tenda, tabernaculou, habitou.


Silêncio.

A luz da Estrela é sinal que conduz à luz do mundo.
Há Luz para o Mundo!


...e ele modificou o tempo para entrar no tempo.

Despiu-se de suas vestes reais e vestiu-se com as vestes humanas.
Não, não, suas vestes não eram vermelhas.


Tinha as cores dos homens.

Sim! Todas as cores.
Todas as raças.
...línguas.
E nações.


As vestes reais ficaram pelo caminho.

...e no caminho de seu nascimento, presépio.


Na estrebaria animais...

No campo Anjos.
No rosto de Maria, uma lágrima mistura-se com um sorriso.


Um choro.



Deus chegou mais perto.

Tão perto, mas tão perto, como nunca se viu e talvez jamais se verá.


A Luz veio ao mundo.



Os homens amaram o Natal, mas não amaram a sua mensagem.

Ele amou os Homens.


...e o Deus-Menino, tornou-se Homem.

O Teantropos!


Ele pisa na terra.

As flores compreendem.
Os animais percebem.
A natureza faz parte de sua mensagem.
Os anjos o conhecem.
Mas, e os Homens?!


Quem é aquele que fala com tanta autoridade?

Perguntavam alguns.


Quem é Ele?!



Ele é.

...é de ser.
Não precisa vir-a-ser mais nada.


Por Ele veio a vida.

Vida! Mas vida mesmo.


NEle existimos e nos movemos.



A Carta escrita por Deus.

Ele entrega a carta e Ele é a carta Divina.
O verbo...
O Logos.
A Palavra.


Desceu.

Avizinhou-se.
Habitou.


E hoje é feliz o quê?



Natal?!



Não, Hoje é Um Feliz Jesus para você.



Boas Festas?!



Não...



Boas Noticias.



Que Cristo brilhe intensamente em seu coração como brilha no meu.



Amém!




quinta-feira, 19 de dezembro de 2019

Há dois Natais




Já vivi, conscientemente, pelo menos uns trinta e quatro natais, mas a apenas vinte e cinco destes, eu pude realmente pensar a respeito. 
Há, nitidamente, pelo menos dois natais. Um é o Natal do "ídolo de mercado" e o outro, se é que podemos chamá-lo assim, é o "Natal Bíblico".

O Natal dos ídolos de marcado, são formados pela relação reciproca e sociedade do Homem com o Homem. Nessa relação há um interesse mutuo! O comercio fica efervescente! Muita transação, muito dinheiro rolando, muito interesse em dar e receber, em estar junto socialmente falando - é claro, não vamos ser azedo ao ponto de dizer que não há uma lembrança vaga da razão do período, não é? É claro que há, senão, não haveria sentido. No entanto, o que vale mesmo é o período onde o mercado é aquecido (não sejamos hipócritas). A relação com o "ídolo de mercado" é dar e receber. Nesse Natal, o mais importante é o papai Noel, a foto nas redes sociais, a ostentação do melhor vestir, do melhor calçar, do melhor comer. O Natal do "ídolo de mercado" é marcado com o ferro quente da prosperidade e do bem estar. Nesse período se faz muita "caridade", que é uma forma de não se esquecer do menos favorecido, mas também é uma forma de dizer que, apesar de toda a maldade praticada, as vezes, durante o ano, há tempo também para ser "bom". 

Você pode achar a minha colocação um pouco amarga, mas me desculpe, a verdade nunca foi doce a primeira mordida. E, nós sabemos que, a poda na árvore é cruel à vista, mas sem a poda a ceiva não circula bem. Portanto, há coisas para serem ditas que não encontramos a forma certa para dizê-las, apenas procuramos dizê-las da melhor forma. 

O Natal Bíblico é diferente.

No Natal bíblico há uma boa nova de Salvação. No Natal bíblico, Deus chegou mais perto, avizinhou-se, armou uma tenda, se fez morada, veio morar com os homens - assumiu-se humano e doou-se por esse ser humano, por causa de seus desvios e corrupções. No Natal bíblico, Deus abre mão do Filho e concede um presente aos homens. O Natal bíblico pouco é lembrado, mesmo no período de Natal. Ele não traz retorno financeiro e ainda leva os homens à uma profunda reflexão. 

Cristo veio ao mundo para morrer pelos pecadores.

Todo o ajuntamento social e familiar no Natal, é válido! Mas não podemos esquecer o principal assunto: Jesus! Sua vida, ministério, morte e ressurreição.

Há dois Natais (...)
Qual é o Natal que celebramos?

domingo, 12 de maio de 2019

As Rosas Também Falam.




"Assim diz IAHWEH: Em Ramá se ouve uma voz, lamento, choro amargo; Raquel chora seus filhos, ela não quer ser consolada pelos seus filhos, porque eles já não existem" (Jr 31.15).

Ela tinha sonhos: ter filhos.
Queria vê-los crescer, constituir famílias e serem prósperos.
Toda mãe sonha isso.

De repente tudo muda.

Os filhos são arrancados de seus braços de forma abrupta e violenta.
Um exercito estrangeiro invade a Cidade e os mata e a outros, levam cativos.

Seu nome é Raquel e seu sobrenome é: choro amargo, lamentação e dor.

O texto bíblico retrata a invasão do exercito cruel de Nabucodonosor em Judá e o lamento das mães que perderam o contato com seus filhos. Uns, levados como escravos, outros, mortos ao fio da espada.

O nome simbólico dela era Raquel, mas poderia ser Raimunda, Francisca, Severina, Beatriz, Joana, sim, poderia ser qualquer nome.

Neste dia das mães, faço uma homenagem as mães que, assim como Raquel, perderam seus filhos e eles já não existem mais.

Mães que o choro, embora contido, ainda se derrama nos lençóis e travesseiros. Mães que hoje, gostariam de abraçar seus filhos e beijá-los, mas não podem.

Mães que tiveram suas casas invadidas pela violência em forma de drogas, de estupros e morte. 
Quero fazer menção das mães que tiveram a vida invadida por tiranos, traficantes, aliciadores de menores. Mães que perderam suas filhas para a prostituição, para o trafico de mulheres (...) Raquel ainda chora e seu choro é amargo.

Mães cujo filhos estão em penitenciarias, em hospitais (...) mães que nem sabem aonde os filhos andam.

Quero fazer menção de mães que perderam os filhos para o assaltante: filhos e filhas que vinham do trabalho, da escola, da casa da namorada, em fim! Filhos engolidos pelo Tirano Nabucodonosor.

Raquel chora e não quer ser consolada...

É um choro ruidoso, de lágrimas quentes e de peito dolorido.
Lágrimas revoltosas de uma mãe que carregou seu filho ou sua filha por nove meses em seu ventre e um ser cruel, tirou de seus braços.

Sim! Minha homenagem vai para essas mães.

Elas sabem sobre o amor e amar.

Raquel quer seus filhos de volta e elas não os terá.
A Dona Raimunda também.
A Dona Francisca também.

Ana Carolina Oliveira, chora, ela não tem mais em seus braços a doce, Isabella.

Glória Perez ainda chora a perda de Daniela Perez.
Cissa Guimarães ainda chora a morte de seu filho Rafael Mascarenhas.

Ainda existem mais, bem mais que não é possível colocar aqui.
A mãe que mora na favela e perdeu o filho para o crime.
A outra mãe que perdeu a Filha para o marido violento.

Tantas, tantas Raqueis!!!!

Raquel chora e não quer ser consolada.

Que neste dia, Deus, o Senhor que consola, abrace com seu Espírito todas as mães que assim, como Raquel, ainda choram.

Essa é minha mais sincera homenagem.


domingo, 21 de abril de 2019

É o 1º Dia da Semana: Páscoa.




"Ponho Yahweh a minha frente sem cessar (...) pois não abandonará minha vida no Xeol, nem deixarás que teu fiel veja a cova" (Sl 16.8 e 10).

Passou a noite.
Acredite, ela sempre passará.
A noite é necessária.
Tudo passa.
Tudo é passagem.
A única coisa que permanece, é o vácuo por onde tudo passa.

Não há choro que não cesse.

Os evangelhos são unanimes: 
No primeiro dia da semana.
Ao raiar do dia.
Ainda escuro (...) Passado o Sábado.

As mulheres se dirigem ao sepulcro.
Os discípulos estão assustados e permanecem trancados.
As discípulas estão saudosas e querem ver, nem que seja o corpo, do seu Mestre.

As mulheres tão desprezadas pela cultura, foram abraçadas pelo Mestre da Galileia.
Jesus deu à elas, o que a cultura tirou: dignidade.

Elas querem vê-lo, mas quando chegam ao local do Túmulo, a pedra havia sido rolada para o lado.
O Túmulo está aberto (...) O anjo deixou de propósito.

"Buscais a Jesus, o crucificado? Ele não está aqui, vejam o túmulo, está vazio". Disse o Anjo com aspecto de relâmpago.

As mulheres se espantam.
Voltam para avisar os discípulos.

Pedro ao ouvir, corre em direção ao túmulo (ele tem um assunto não acabado com Jesus) e logo após, João faz o mesmo. Ora, João mais novo, passa adiante de Pedro, mas ao chegar no túmulo, não entra. Pedro chega, e ao ver a pedra removida, desvia de João e entra no túmulo.

João esteve ao pé da cruz, mas ao chegar no túmulo, não entrou.
Pedro o deixou só, mas ao chegar no túmulo, entrou.

Um tem medo de se envolver com o mistério.
Outro, embarca nele.

João entra, vê e crer.
Pedro ver e volta sacudido.

Ambos retornam e apenas Maria de Madalena, fica ao pé do túmulo.

"Mulher, por quê choras?". Uma voz pergunta.

Há delicadeza nas palavras.

"Levaram o corpo do meu Senhor! Dize-me, se fostes tu que o levara, onde o pusestes, e eu irei buscá-lo". Responde a mulher.

Que mulher destemida!
Que bravura.
Que amor!

Ela está disposta a buscar com seus próprios braços, o corpo do Homem que lhe trouxe dignidade e amor.

"Maria!". Chama-a o Mestre.

Ele conhece suas ovelhas pelo nome.
Todas as suas ovelhas, Jesus conhece pelo nome.

"Raboni". Perplexa, fala Maria.

Se ele conhece as ovelhas pelo nome, suas ovelhas o conhecem pela voz.

"Vai, fala aos meus irmãos que os encontrarei na galileia". Disse o Jesus, ressuscitado.

Escute: Vai, fala aos irmãos que Jesus ressuscitou.
Fala ao mundo que o tumulo está vazio.
Fala à todos que a Páscoa cristã, não tem como símbolo, coelhos e ovos.
Fala à todos que o símbolo da Páscoa cristã é um túmulo vazio e uma cruz vazada!

Sim! O túmulo está vazio! Mas a nossa fé não se baseia em um tumulo vazio, e sim, num Cristo ressurreto!!!!!

"Se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa fé" Disse Paulo, o apóstolo.

...e se a cruz foi um símbolo de maldição, Cristo passou por ela e mudou o seu sentido!

" Paz esteja convosco". Disse Jesus à um grupo de discípulos, trancados, que estavam em uma casa, com as portas trancadas.

A Única coisa que pode te libertar das portas trancadas em ti, é a Paz daquele que vive livre.

Era o primeiro dia da semana
Foi o primeiro dia da semana.

É, o primeiro dia da semana.

...e tudo começa aqui.






sábado, 20 de abril de 2019

Era o 7º Dia. Nem um Som se ouvia.





É Shabbat.

Há um silencio na Cidade.
Silêncio é bom, desde que saibamos qual.
O dia anterior foi tenso.

Há um silêncio, mas um silêncio ensurdecedor.
Pedro está arrasado (Ele havia negado o Cristo).
João, psicologicamente exausto (Ele havia ficado ao pé da Cruz).
Os apóstolos estavam todos recolhidos, assustados, com medo.
E ainda chega uma noticia aterrorizante: Judas cometeu suicídio. 

Não, ele não pôde esperar três dias, psicologicamente perturbado, com o coração cheio de remorso e um sentimento de culpa avassalador, e ainda, para completar seu estado, havia uma perturbação espiritual crônica, uma acusação que vinha do seu interior, e uma voz gritava a sua mente, dizendo que, ele era o principal culpado por tudo. Não, não dava para esperar três dias, psicologicamente lúcido, ele não aguentaria. Para nós que estamos do outro lado da histórica página, é simples dizer ou sugerir à ele que espere, mas quando se está inserido na história, no apogeu dos acontecimentos, sentindo na pele (...) não é tão simples.

O que nos faz meditar, na tradição dos dias atuais, em que pessoas se reúnem para "queimar o Judas" (simbolicamente, claro) como em um ato de justiça, por ele ter traído a Jesus. Ora, vejam só, quantos Judas deveriam ser queimados nos dias atuais? Quem são os Judas de Hoje? Não são por ventura os que negam a Cristo? Não são porventura os que rejeitam o seu sacrifício? Não são porventura os que vivem uma vida contrária aos ensinos do próprio Cristo? Sendo assim, quem tem moral para "queimar o Judas"? Quem é apto? Acheguem-se os leais! Façam as fogueiras, os que se arrogam fieis aos ensinos do Jesus de Nazaré, e assim, queimem o Judas!

Os discípulos estão desolados.
Maria, mãe de Jesus, chora compulsivamente.

Não há o que dizer.
O silencio dolorido, diz tudo.

No silêncio a palavra descansa.
No silêncio, a alma agitada, a paz, alcança. 
No silencio.

Escute: Coloque-se diante de Deus em silêncio, mesmo que uma perturbação te aflijas.
Se for preciso fugir, fuja para o Lugar certo: Cristo.
Afaste-se um pouco.
Pare de gritar! Isso vai lhe deixar rouco.
Louco também.
Não há saídas à vista, mas uma, Deus sempre tem.
Não culpe ninguém por nada!
Aguarde em silêncio.

O Sábado foi longo para todos.
É difícil engolir o pão, do café da manhã, quando Jesus não está por perto.
As ruas não são as mesmas.
O Jovem Galileu, não prega mais nas praças.

Silêncio.

A Morte, não pode matar a vida!

Não! Não vou dizer que Deus tem o controle de tudo!
Clichês!

O Homem sim, precisa controlar as coisas, porque ele, o Homem, desarmoniza tudo!

Deus, o Senhor de tudo! Não precisa controlar nada! Todas as coisas convergem nele e para Ele. Ele olha a sua criação, e ela, amorosamente, entende o seu olhar e obedece.

É Sábado, o 7º dia.
O dia está declinando.

...e o silêncio está prestes a ser quebrado.



sexta-feira, 19 de abril de 2019

Era o 6º Dia. Todos atrairei a Mim (2 Parte)



"Levaram então consigo Jesus. Ele próprio carregava a sua cruz para fora da cidade, em direção ao lugar chamado Calvário, em hebraico Gólgota. Ali o crucificaram...". (João 19.17,18)

O profeta Isaías, vai dizer, cerca de 800 anos antes.

"...e como ovelha muda, foi levado ao matadouro".

Uma tora de madeira bruta é colocada nos ombros de Jesus.
Ele deve carregá-la até o Calvário.

Não bastasse carregar os pecados de todos, inclusive dos que ali estavam, ele mesmo teria que carregar o madeiro onde seria pregado.

Há um letreiro, nas mãos do exactor mortis, nele está escrito a sua condenação.
A tora de madeira pesa.
Mas como carpinteiro, ele conhece o peso.
No entanto, não suporta e cai.

O soldado romano, sem escolher a dedo, traz alguém da multidão para carregar a tora de madeira, juntamente com Jesus.

Seu nome é Simão.
Ele estava vindo do campo, retornando para a sua casa quando de subito, foi trazido para o meio, onde estava Jesus.

Ele, Simão, não tinha nada haver com aquilo, mas sem saber, estava participando do maior acontecimento da história da humanidade.

"Porque se envolver com essa missão?
Porque investir nela, o meu coração?
Em vez de ganhar o mundo, porque eu escolheria a solidão?
Esse caminho não é de luz, é de cruz!
Porque sofrer tanto assim? Porque morrer uma morte, que não é por mim?".

Chegando ao Calvário, prego nas mãos.
Madeiro levantado.
O espetáculo do mundo!

Tenho Sede!
Perdoa-lhes.

Escute: Jesus foi crucificado.
Foi entregue pelos meus e os teus pecados.
O inocente pelo culpado.
Um castigo bárbaro.
Quem se importa? 
Quem Crer?
Quem se envolve?

Não adianta encenar a morte de Cristo hoje, se nos outros dias, você continua crucificando-o.

Está Consumado!
Bradou Jesus.

Inclinou a cabeça e morreu.

Era o 6º Dia.

O shabbat se aproxima.


Era o 6º Dia. Sobre Verdades.





"Disse-lhe Pilatos: “Que é a verdade?...”. Falando isso, saiu de novo, foi ter com os judeus e disse-lhes: “Não acho nele crime algum." (Jo. 18.38)

Após uma madrugada de acusações, Bofetadas e deboches, desferidos pelos líderes religiosos e testemunhas falsas, Jesus é enviado a Pilatos.
Ainda raiava o dia, e o café da manhã de Pilatos, foi um encontro com o Sol da justiça."Que acusação vocês trazem contra esse Homem?". Pilatos indaga os lideres religiosos."Se este Homem não tivesse culpa, não o teríamos trazido a ti". Respondem, atrevidamente os lideres religiosos.
Percebe-se que o clima não era bom. Havia muita hostilidade de ambas as partes.Pilatos olha para Jesus e faz varias indagações, dentre elas está uma, recheada de acusação: "Tu és Rei?". Jesus o responde: "Tu o dizes! Para isso nasci e para isso vim ao mundo a fim de dar testemunho da ἀλήθεια. Quem é da ἀλήθεια, me ouve".
"O que é a ἀλήθεια?". Pergunta Pilatos.
Definitivamente, Pilatos esteve próximo da verdade.Não aquela verdade relativa dos homens, mas a verdade realidade, oposta a ilusão, vinda de uma iluminação Divina.
A verdade tão buscada por todos e menos desejada.
Contraditório.
Jesus! Ele é a verdade revelada, sincera, que se opõe a qualquer mentira e ilusão.
Pilatos, então se perturba.A resposta de Jesus o deixou assim.O ambiente de enganos e mentiras em que ele vivia, foi sacudido com as palavras de Jesus.
A verdade, declarada como verdade, implode as bases da ilusória mentira.
Por um instante, Pilatos fica sem chão. Ele vai lá fora, onde há uma turba de judeus e fala: "Não encontro neste homem crime algum".
No entanto, mais uma vez Pilatos é pressionado a lançar sobre Jesus, uma sentença. Ele retorna a onde Jesus está e manda flagelá-lo.
  Bill O’Reilly, Descreve dessa forma:

"Jesus sente as chicotadas. Eles usam o flagrum com cabo de madeira, do qual pendem três tiras de couro de cerca de 90 centímetros de comprimento cada. Hoje, em vez de pedaços de metal ou ossos de carneiro, os carrascos afixaram às suas pontas pequenos pesos de chumbo conhecidos como plumbatae. A escolha é estratégica. Esses acessórios não rasgam a carne e o músculo tão rápido quanto suas versões pontiagudas, mais afiadas, conhecidas como scorpiones"
Não há intervalos.A ordem é: "Flagelar o preso, mas não matá-lo".São quarenta chicotadas, menos uma.
Depois do Flagelo, Jesus retorna a Pilatos e a cena é mais triste ainda.
Olhos inchados.Rosto com linhas de sangue.Costas dilaceradas.
Pilatos o leva para fora e diz: " Eis o Homem!".O Povo responde: "Que seja morto". Pilatos fica aterrorizado.
"Quem és tu?". Jesus silencia.Irritado, Pilatos indaga:  "Me diz! Eu tenho poder para te soltar e poder para te condenar".
Jesus levanta o rosto, mira seus olhos e com uma palavra, desmonta a mentira ilusória de Pilatos, com sua realidade objetivamente direta.
"Nenhum Poder tu terias sobre mim, se do alto não te fosse concedido". Afirma Jesus.
Pilatos procurava, a partir desse momento, libertar Jesus, mas acabou descobrindo que, quem estava preso, era ele próprio.
E assim, Pilatos o entrega para ser crucificado.Lava as mãos, em um ritual Cínico e diz: "Estou livre do sangue deste Homem". 
Mas, na verdade, a responsabilidade é de Pilatos. Somente o governador romano possui o ius gladii  “o poder da espada”. Ou, em outras palavras, o direito de executar quem quer que seja.
Escute: Pilatos, entregou a verdade que estava a sua frente, pela continuação, confortável da mentira. A verdade não é confortável: ela é avassaladora. Quem opta pela verdade, opta pela realidade que faz oposição a ilusão. Se você fez uma opção pela verdade e ela te machuca, acredite, essa mesma verdade vai sarar o teu machucado. Caso contrário, se você opta pela ilusão, longos serão os dias.
Era o 6º Dia.
Jesus vai ser crucificado.








quinta-feira, 18 de abril de 2019

Era o 5º Dia. Enfia a tua espada na bainha.




"Mas Jesus disse a Pedro: “Enfia a tua espada na bainha! Não hei de beber eu o cálice que o Pai me deu?”." 

É o 5º dia.
Aproxima-se a Páscoa.Jesus chama Pedro e João e diz: "Ide-vos preparar a Páscoa para que a comamos".Eles foram.
Ao declinar do dia, estavam eles reunidos ao redor da mesa.Jesus, profere seus últimos ensinos aos seus discípulos.Lava-os os pés e faz a declaração mais sentida naquele momento: "um de vocês vai me trair"....e os discípulos começam a se entre-olharem e se perguntarem: "Sou eu? Mestre, sou eu?".
Que momento difícil.
Ali no canto, próximo a Jesus, está Judas.Judas está ali no meio, mas tem outros planos.Ele não comunga das mesmas ideias.Provavelmente, Judas acredita que Jesus seja um potencial, um verdadeiro libertador para o povo, mas não tem certeza se Cristo é o Messias.  Na verdade, Judas tem planos Políticos e não Celestiais.
Não se pode caminhar com Jesus, com o coração cheio de ideologias particulares.
Ideologia não é fé!
Eu não posso caminhar com Cristo e colocar um nome para a minha nova visão de Reino! O Reino já possui uma visão. Não podemos confundir o reino deste mundo com o Reino dos Céus! Isto acabará em tragédia.
Abracemos a visão de Jesus, ou o traímos com nossas visões partidárias.
Jesus olha ao seu redor, fita com os olhos a todos os que estão à mesa e diz: "Aquele que colocar a mão no prato comigo, este irá me trair".
No meio de tantas falas, muita conversa ao redor da mesa, Judas põe a mão ao prato, junto com Jesus. Eles se olham. Será a última vez que Judas olhará nos olhos de Jesus.
Não haverá mais diálogo.Não haverá mais aperto de mãos.Não haverá mais.
Jesus olha para ele e diz: "O que tens que fazer, vai e faz logo".
Judas sai e não participa do restante da ceia.Jesus, após a saída de Judas, Jesus convida seus discípulos para cantarem um Salmo.
Logo após, se dirigem, ao jardim....ali, ele estivera tantas vezes.Agora está ali novamente, no jardim, desta vez, para colher uma flor de sangue.
Judas se aproxima.Usa o código da traição: um beijo.Jesus, olha para Judas que, com certeza, já não consegue fazer o mesmo, e diz: "Amigo! A quê viestes?"
Geralmente os amigos chegam para trazer alívio, Judas vinha trazendo uma cruz.No seu beijo havia veneno.No seu abraço havia um laço.
Judas teve todas as oportunidades de ser diferente, mas preferiu ser igual.
Os soldados se aproximam para prender Jesus, mas Pedro (a pedrinha que estava sendo trabalhada) puxa a μάχαιρα (machaira)uma espada curta, o original chega a sugerir que fosse uma faca, espada, de abate. E corta a orelha do soldado da guarda do Templo.
Jesus olha para Pedro e diz: "Não! Pedro, não! Enfia a tua espada na bainha. Não beberei eu do cálice que o Pai me deu?"
Enfia a espada na bainha.Nem tudo se resolve com espada.
Escute: Quem aprendeu a usar espadas para resolver situações, nunca conheceu o caminho da paz. Não se resolve nada com espadas: nem mesmo uma traição. O que queremos pode ser conquistado por outras vias, talvez mais longas, é verdade, mas sem necessidade de matar qualquer pessoa que seja, mesmo que essa pessoa seja seu inimigo. Então, enfia a espada na bainha (...) desfaz as armas de guerra. Apesar de não parecer, Deus tem o controle de tudo! Se você passou a vida toda saindo à brigas, está na hora de se recolher um pouco. Espadas curtas, também matam (Palavras mau-ditas) ou deixam feridas profundas.
Pedro recolheu-se e fugiu.Os discípulos fugiram....e estava Jesus, ali, sozinho, entre seus inimigos.
Era o 5º dia. Ele foi levado para um julgamento arranjado.Depois foi levado às autoridades romanas.
Pilatos, olha para Jesus e pergunta: "Tu és Rei dos Judeus?"