sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Aquelas Ondas

Numa tarde dessas aonde o dia conspura para ensinar-nos alguma coisa, eu sai de casa e fui passear pela orla do mar e observei uma cena que ficou gravada em minha memória: um menino e uma onda. Parece uma brincadeira não é? Pois bem, era uma brincadeira mesmo, mas uma brincadeira daquelas que quando trazemos a vida cotidiana ensina-nos lições para toda vida.
Menino é menino não é mesmo? Você pode esperar tudo de um menino (até licões) ele sempre tem uma novidade para mostrar. Ele observa o mar e analiticamente escolhe o melhor momento para entrar e tomar um belo banho de mar tão esperado. Mas naquele dia as ondas estavam bravas e por incrivel que pareça dava-se para ouvir o mar falar alguma coisa. As ondas vinham e batiam forte nas pedras e o meninos ficou desconfiado de tudo aquilo. No entanto, estava disposto a tomar o banho de mar. Em um determinado momento o mar deu uma trégua e o menino entrou pulando dentro daquelas águas gostosas do mar. Bom, como nem tudo é maravilhoso na vida, aquelas ondas enormes voltaram a aparecer e o menino branamente tomava seu banho de mar livrando-se de uma onda aqui e outra ali. Mas chegou um momento que notei um pequeno cansaço naquele pequeno-grande guerreiro e foi justamente quando ondas e mais ondas vinham sequentemente sobre ele e quando ele desviava-se de uma logo vinha outra.
Ele sabiamente saiu e ficou parado diante do mar e muito provavelmente a pergunta que lhe veio foi: "O que eu vou fazer quando aquelas ondas voltarem?".
Jeorgino da Silva

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