sábado, 15 de abril de 2017

O Início da Consumação: Pilatos.



Disse-lhe, então, Pilatos: "Não me respondes? Não sabes que eu tenho poder para te libertar, poder para te crucificar?" Respondeu-lhe Jesus: "Não terias poder algum sobre mim, se não te fosse dado do alto; por isso, quem a ti me entregou tem maior pecado". Daí em diante, Pilatos procurava libertá-lo. Mas os judeus gritavam: "Se o solta, não és amigo de César! Todo aquele que se faz rei opõe-se a César!" Ouvindo tais palavras, Pilatos trouxe Jesus para fora, fê-lo sentar-se no tribunal, no lugar chamado Pavimento, em hebraico Gábata. Era o dia da preparação da Páscoa, perto da sexta hora.

(Ev. João 19.10-14 – Bíblia de Jerusalém)


Como alguém pode chegar tão perto da verdade, olhar para ela, senti-la como espada cortante em sua mente e seu coração e ainda assim, descarta-la?

Pilatos pensou que tivesse autoridade – e até tinha – aquela concedida pela máxima autoridade, o Pai.

...e o que ele não sabia, era que essa autoridade não arranhava as portas da Eternidade.

Não, Pilatos não era um covarde, apenas agiu conforme as suas conveniências – conforme a sua natureza. Ele tem que fazer escolhas e as faz a partir de si mesmo.

No ato de escolher um lado, sempre não se escolhe o outro lado – óbvio – toda escolha sugere uma perda – perdas maiores ou menores.

Cristo estava sendo julgado e logo depois foi sentenciado a crucificação, mas o que a história não conta é: Cristo foi para a Cruz de Madeira e Pilatos foi para a cruz de seu trono.

Pilatos sentenciou Jesus a morte por interesses políticos e conchavos partidários – e Cristo foi crucificado pelos romanos a pedido dos judeus...

...e por nós também.


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