Disse-lhe,
então, Pilatos: "Não me respondes? Não sabes que eu tenho poder para te
libertar, poder para te crucificar?" Respondeu-lhe Jesus: "Não terias
poder algum sobre mim, se não te fosse dado do alto; por isso, quem a ti me
entregou tem maior pecado". Daí em diante, Pilatos procurava libertá-lo.
Mas os judeus gritavam: "Se o solta, não és amigo de César! Todo aquele
que se faz rei opõe-se a César!" Ouvindo tais palavras, Pilatos trouxe
Jesus para fora, fê-lo sentar-se no tribunal, no lugar chamado Pavimento, em
hebraico Gábata. Era o dia da preparação da Páscoa, perto da sexta hora.
(Ev.
João 19.10-14 – Bíblia de Jerusalém)
Como alguém pode chegar
tão perto da verdade, olhar para ela, senti-la como espada cortante em sua
mente e seu coração e ainda assim, descarta-la?
Pilatos pensou que
tivesse autoridade – e até tinha – aquela concedida pela máxima autoridade, o
Pai.
...e o que ele não sabia,
era que essa autoridade não arranhava as portas da Eternidade.
Não, Pilatos não era um
covarde, apenas agiu conforme as suas conveniências – conforme a sua natureza.
Ele tem que fazer escolhas e as faz a partir de si mesmo.
No ato de escolher um
lado, sempre não se escolhe o outro lado – óbvio – toda escolha sugere uma
perda – perdas maiores ou menores.
Cristo estava sendo
julgado e logo depois foi sentenciado a crucificação, mas o que a história não
conta é: Cristo foi para a Cruz de Madeira e Pilatos foi para a cruz de seu
trono.
Pilatos sentenciou Jesus
a morte por interesses políticos e conchavos partidários – e Cristo foi
crucificado pelos romanos a pedido dos judeus...
...e por nós também.
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