Mas rejeite as fábulas (Gr. mýthos ) profanas (Gr. bébēlos ) e de velhas caducas. Exercite-se, pessoalmente, na piedade (Gr. eusébeia).
I Tm 4.7
Sobre o trabalha missionário, evangelístico e pastoral do apóstolo Paulo, é possível imaginar, mas não mensurar. Ele evangelizou, implantou igrejas, discípulou e pastoreou seja presencialmente ou por meio de cartas enviadas as igrejas. Não havia em Paulo apenas o senso de pregar o evangelho, mas também de cuidar daqueles que se rendiam ao evangelho de Cristo. Aqui, se faz necessário dizer: uma tarefa nada fácil e muito menos simples.
Em uma de suas ultimas cartas, mais especificamente a primeira carta a seu filho na fé Timóteo, Paulo o adverte a rejeitar (Gr. paraiteomai) as fábulas profanas ou seja, mitos que só serviam para pavimento o chão - coisas que não acessam a verdade daquilo que ele havia ensinado. Paulo, o apóstolo, além de ensinar pessoalmente e por cartas, ainda se preocupava com o fato de outros passarem por onde ele já havia passado e ensinado, com tanto afinco, destruindo o que fora plantado por ele.
Imagine.
Faça um exercício de reflexão.
Você planta.
Você rega.
Você cuida.
E então, vem outros por trás e tentam desfazer o que, suadamente, você trabalhou.
Paulo adverte Timóteo a recusar os mitos que tentavam ministrar dentro da Igreja
Rejeite! Dizia o apóstolo Paulo.
Paulo adverte Timóteo porque ele acredita plenamente que os mitos, as estórinhas que tentavam contar na igreja, não levariam as pessoas a plena luz do Evangelho.
A Fé é no Cristo dos Evangelhos e não no Cristo das estórias.
Há muita verdade alegórica nas fábulas, mas nenhuma delas conduz ao pleno conhecimento de Cristo.
O Púlpito não é lugar de mitologias evangélicas.
O Púlpito é lugar da pregação do Evangelho - pregação centrada em Cristo.
Um púlpito com mensagens antropocêntricas, tirará o Cristo do Centro da pregação.
Há contos que contam...
Há estórias que ajudam...
Mas contos e estórias não são o evangelho.
É preciso discernir.
Fábulas!
Paulo preocupou-se com certas fábulas que rondavam a Igreja em Éfeso, na gestão e pastoreio de Timóteo. É preciso olhar bem o texto por completo a fim de descobrir quais fabulas eram.
É um ótimo exercício de reflexão, não?
Agora, qual será a preocupação dos pastores junto as ovelhas, nos dias atuais?
Qual é a mensagem central do púlpito?
Jesus Reina no púlpito da Igreja ou o Nome dele está no Centro da parede só a título de decoração?
Fábulas!
Vivemos dias dificílimos, eu sei bem disso.
Mas as vezes, na tentativa de acalmar a Igreja, pregamos um Cristo que não existe, um evangelho que não existe e uma vida totalmente fora da realidade - e então, por fim, descobrimos que não estamos pregando, mas contando fábulas - estória para criança dormir.
Lucidez!
Precisamos.
Lucidez (...)
Dolorosa lucidez.
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