A
palavra “comunicação”,
tem em sua raiz, algumas contradições e paradoxos, por isso urge as devidas considerações.
É preciso considerar termos paradoxais e, aparentemente contraditórios.
“Comunicação” vem de communis,
communio, communicare, todas vindo do Latim. Seus possíveis
significados são, comum, comunidade, fazer ou tornar comum. No termo “communicare”,
podemos encontrar o sentido de fazer
com, ou tornar
comum e isso implica participação. A palavra “comunicação”, de communicare,
pode ter também, sentido oposto, tal como, separar ou dividir.
As
palavras são mesmo, de fato, incríveis! Elas se movem, produzem ondas sonoras,
criam direções. Na comunicação,
a palavra possui o seu devido lugar, embora, tratemos a palavra em seu sentido
verbal, sabemos já de algum tempo, que a palavra não pronunciada, mas sentida,
gestada no interior, não deixa de ser palavra. No entanto, é palavra que ainda não nasceu.
Quando
falamos de comunicação,
estamos falando de tornar o outro participante daquilo que falamos. Comunicar é
trazer o outro para perto. Comunicar é separar o momento, dividi-lo, conduzindo
ao outro aquilo que se quer dizer. Um outro especifico, singular ou um outro “coletivo”
plural e assim, a comunicação
torna-se distribuir algo, compartilhar.
Comunicar
é tornar o outro participante, deixando-o a par daquilo que está sendo
pronunciado. Assim, a ideia de comunidade é construída. A comunidade é aquela
que, outros fazem parte, que possuem coisas em comum, que são chamados para
participar.
Observe
o universo que criamos em torno da palavra “comunicação”.
Não é apenas abrir a boca e sair falando. Comunicar agrega mundos, universos
dispersos no auditório. A comunicação
possui o poder de juntar tudo isso, ou separar tudo isso, ou ainda, dividir
tudo isso.
Portanto,
podemos conceituar a comunicação
como um veículo que constrói pontes ou muros. Na comunicação se estabelece um acordo
entre quem fala e quem ouve: a compreensão, sela o acordo.
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