quinta-feira, 17 de abril de 2014

Páscoa Entre Amigos



“...tenho desejado ansiosamente comer convosco esta Páscoa, antes do meu sofrimento” (Lc 22.15).

Deus mora na Saudade, ali onde o amor e a ausência se assentam” (Rubem Alves)

Sobre a Páscoa tantas coisas poderiam ser ditas, escritas, inscritas, cantadas, poetizadas, lembradas...
Que tal falarmos do principal? Com qualquer escrita, com qualquer ins-crita, com qualquer canção, com qualquer poesia e com qualquer lembrança. Poderíamos começar com uma pergunta: Onde Jesus estava em sua Páscoa? Com quem ele estava em sua Páscoa? O que ele fez em sua Páscoa? O que ele falou em sua Páscoa? Em sua Páscoa, Jesus estava reunido com seus amigos e estava reunido com seus amigos porque desejou isso ansiosamente. Nesta reunião, a motivação não era o negócio, não era a última moda, não era para saber quem havia se dado bem na última semana, a motivação, não era para saber, quanto iriam ganhar amanhã [...] a motivação era o amor! E quando você se reúne com seus amigos? Qual é a motivação? Jesus, em sua Páscoa, repartiu o pão e o vinho entre seus discípulos [...] é, repartiu! Isso é ter comunhão, é saber que quando se está com amigos, cuja motivação é o amor, não há espaço para o “EU”, há espaço apenas para o “NÓS”. Em sua Páscoa, Jesus falou sobre Vida, Morte, Aliança, Futuro, Presente e Saudade. Coisas que fazem parte do cotidiano. Somos peregrinos, imigrantes, moramos na terra cuja a estrada é feita a cada passo, a cada laço e a cada sorriso.

...ele fala sobre coisas do Céu e coisas da Terra.
No entanto, preferiu falar sobre isso, entre Amigos.
E quando você está entre Amigos? O que conversam?
Jesus, antes de encerrar a sua Missão, desejou ansiosamente, ardentemente, comer a Páscoa com seus amigos.

E você?
Jeorgino da Silva

quinta-feira, 10 de abril de 2014

Histórias Pastorais






 




“Dizem por ai que há curvas muito íngremes de aprendizagem. Eu embarquei numa curva pronunciada de desaprendizagem” (Eugene Peterson).

Este ano completei 20 anos de Fé e 13 anos de Ministério Pastoral e há muitas histórias a serem contadas, mas prefiro guardar algumas.

Nesse período eu vi, ouvi, senti, sofri, gemi, chorei, sorri, me diverti, me entusiasmei, me frustrei, me realizei, ganhei, perdi, vi a terra do topo da montanha, mas também vi o céu do mais raso chão de pedras.

Como é possível ver, meu ministério pastoral já passou por um variado transito de sensações.
A verdade é que o Ministério pastoral se da entre a Bigorna e o martelo. Não é possível desassociar o Ministério pastoral da própria existência como ser, como pessoa, como gente...

Não tive grandes frustrações em meu Ministério (até pq ainda exerço-o hoje) mas tive muita tristeza e uma boa parte dela se encontra na ilusão que tinha antes, de que o Ministério Pastoral, me ofereceria condições de viver uma vida digna e ele não me ofereceu condições de se viver uma vida digna: ele me ensinou.

Aprende-se mais no Ministério Pastoral do que em qualquer outro lugar.

Aprendi que as pessoas não são cálculos...
...não se conta-as como se contam cabeças de gado.
Aprendi que não é o Oficio que faz a pessoa, mas a pessoa que exerce o oficio.
Pastor é Pessoa – é gente! Tem nome e endereço.
Aprendi que pastor não é máquina!
...que nem sempre ele “TEM QUE” estar por cima.
Aprendi no Ministério pastoral a sentir cheiro de gente, a tocar nas pessoas sem que elas precisassem me dar nada, ou devolver nada – aprendi a liberdade de amar...

Amar é um deserto e seus temores” (Djavan).

Aprendi que não preciso ser forte todo tempo.
Aprendi que não preciso ser um “Ser” Inabalável todo tempo.
Aprendi a conhecer minhas fraquezas e minhas melhores imperfeições.
Aprendi que cair não é o fim...
...e que levantar não é tudo!
Aprendi a não fazer pose nos púlpitos.
...não sei fazer caras e bocas – entende?

No Ministério pastoral aprendi a amar as Escrituras como texto de Deus e não como um livro de consultas ou caixinha de promessas ou ainda, objeto de decoração na casa.
Aprendi a mostrar a minha cara! Não existem máscaras aqui – não sei usar máscaras...
Minha cara é feia o bastante – rs!
Meus olhos já viram muita gente chorar em meu ministério pastoral – e eles choraram também.
Meu sorriso, já viu muita gente sorrir – e ele sorriu também.
Aprendi no ministério pastoral que o dinheiro não é tudo – liberdade e boa consciência diante de Deus e dos homens, sim!
Ganhei amigos.

...tive pouquíssimas pessoas que não gostaram de mim – ninguém é perfeito.

Também magoei...
Magoaram-me também.
Mas não existem magoas hoje!
Bom, escreveria um livro sobre o meu Ministério Pastoral...

Hoje em dia o que mais me doí é ver a deturpação que gente Cínica faz das Escrituras, mas essa dor eu guardo pra mim por que uma boa parte da Igreja Evangélica pouco se importa com isso.

No demais:

Ando devagar por que já tive pressa e levo esse sorriso porque já chorei demais.
Hoje me sinto mais forte, mais feliz quem sabe, só levo a certeza que muito pouco eu sei: nada sei. Conhecer as manhas e as manhãs, o sabor das massas e das maçãs. É preciso amor pra poder pulsar, é preciso paz para poder sorrir, é preciso a chuva para florir. Penso que cumprir a vida seja simplesmente compreender a marcha e ir tocando em frente...” (Almir Sater e Renato Teixeira).

Paz seja sobre ti!

Dedicado ao meus amigos estejam eles aonde estiverem...

segunda-feira, 31 de março de 2014

Pela Fé...

 

 Ora, a fé é a certeza de que haveremos de receber o que esperamos, e a prova daquilo que não podemos ver. Porquanto foi mediante a fé que os antigos receberam bom testemunho. Pela fé compreendemos que o Universo foi criado por intermédio da Palavra de Deus e que aquilo que pode ser visto foi produzido a partir daquilo que não se vê. Os primeiros heróis da fé Pela fé Abel ofereceu a Deus um sacrifício mais excelente do que Caim. Por meio da fé, ele foi reconhecido como justo, no momento em que Deus aprovou suas ofertas. Apesar de estar morto, seu testemunho de fé ainda é eloquente. Por meio da fé, Enoque foi arrebatado, de forma que não experimentou a morte; e “já não foi encontrado, porquanto Deus o havia arrebatado”, visto que, antes de ser arrebatado, havia recebido o testemunho de que tinha agradado a Deus. Em verdade, sem fé é impossível agradar a Deus; portanto, para qualquer pessoa que dele se aproxima é indispensável crer que Ele é real e que recompensa todos quantos se consagram a Ele. Pela fé Noé, quando divinamente orientado acerca dos acontecimentos que ainda não podiam ser vistos, movido por santo temor, construiu uma arca a fim de salvar sua família. Por intermédio da fé, ele condenou o mundo e tornou-se herdeiro da justiça que vem da fé. O exemplo dos patriarcas Pela fé Abraão, quando convocado, obedeceu e dirigiu-se a um lugar que no futuro receberia como herança, embora não soubesse para onde estava sendo dirigido. Mediante a fé, peregrinou na terra prometida como se fosse terra estrangeira, habitando em tendas, assim como Isaque e Jacó, herdeiros com ele da mesma promessa. Porquanto, aguardava alcançar a cidade que tem alicerces magníficos, da qual Deus é o arquiteto e edificador. Por meio da fé, da mesma forma, a própria Sara recebeu poder para gerar filhos, ainda que estéril e avançada em idade, porque considerou fidedigno Aquele que lhe havia feito a promessa. Sendo assim, daquele homem, já sem virilidade, nasceu uma descendência tão numerosa como as estrelas do céu, e incontável como os grãos de areia à beira-mar. Todos esses viveram pela fé, e morreram sem ter recebido o que havia sido prometido; contudo, viram-no de longe e à distância o saudaram, reconhecendo que eram estrangeiros e peregrinos sobre a terra. Os que se expressam dessa maneira demonstram que estão em busca de uma pátria. Pois, se estivessem cogitando sobre aquela de onde saíram, teriam a possibilidade de voltar. Em vez disso, aguardavam eles pela pátria excelente, ou seja, a pátria celestial. Por esse motivo, Deus não se constrange de ser conhecido como o Deus deles, mas lhes preparou uma cidade. Pela fé, Abraão, no tempo em que Deus o expôs à prova, ofereceu-lhe Isaque como sacrifício; aquele que havia recebido as promessas estava mesmo a ponto de sacrificar seu unigênito, ainda que Deus lhe tivesse prometido: “Por intermédio de Isaque, sua descendência será estabelecida”; porquanto, acreditou que Deus era suficientemente poderoso para ressuscitá-lo dentre os mortos e, simbolicamente, recebeu Isaque de volta dentre os mortos. Pela fé, Isaque abençoou Jacó e Esaú em relação ao futuro deles. Pela fé, Jacó, prestes a morrer, abençoou cada um dos filhos de José e, apoiado sobre a extremidade do seu cajado, adorou a Deus. Pela fé, José, também ao final da vida, relembrou o êxodo dos filhos de Israel do Egito e deu instruções quanto ao enterro dos seus próprios ossos. A fé heróica de Moisés Mediante fé, Moisés, ainda recém-nascido, foi escondido durante três meses por seus pais, porque perceberam que sua formosura não era comum, e não temeram o decreto do rei. Pela fé, Moisés, já adulto, recusou ser aclamado como filho da filha do Faraó, preferindo ser maltratado com o povo de Deus a desfrutar os prazeres que o pecado é capaz de proporcionar por curto período de tempo. Por amor ao Messias, julgou sua desonra uma riqueza mais excelente que os tesouros do Egito, porquanto contemplava sua gloriosa recompensa. Por meio da fé, abandonou o Egito, não temendo a ira do rei, e perseverou, pois fitava Aquele que é invisível. Por intermédio da fé, celebrou a Páscoa e fez aspersão do sangue, para que o anjo destruidor não tocasse nos primogênitos dos israelitas. Pela fé, o povo atravessou o mar Vermelho como em terra seca; mas quando os egípcios procuraram também atravessá-lo, morreram afogados. Foi pela fé que os muros de Jericó desmoronaram, depois de serem rodeados durante sete dias. Também foi mediante a fé que a prostituta Raabe, por haver acolhido os espiões, não foi morta juntamente com os incrédulos.
Quantos exemplos mais darei? Infelizmente não disponho de tempo para falar sobre a devoção de Gideão, Baraque, Sansão, Jefté, Davi, Samuel e os profetas, os quais, por intermédio da fé, conquistaram reinos, praticaram a justiça, receberam o cumprimento de promessas, fecharam a boca de leões, extinguiram a violência do fogo, foram libertos do fio da espada; da fraqueza tiraram força, tornaram-se poderosos nas batalhas e puseram em retirada exércitos estrangeiros. 
Algumas mulheres receberam por meio da ressurreição os seus mortos de volta à vida. Uns foram martirizados e não negociaram seu livramento, a fim de poderem conquistar uma ressurreição ainda mais excelente; muitos enfrentaram zombarias e torturas, outros ainda foram acorrentados e jogados aos cárceres; apedrejados, serrados ao meio, tentados, mortos ao fio da espada. Andaram sem rumo, vestidos de pele de ovelhas e de cabras, necessitados, angustiados e maltratados. Caminharam como refugiados, vagando pelos desertos e montes, pelas cavernas e buracos na terra. Pessoas das quais o mundo não foi digno!

Ora, todos esses, apesar de haverem sido aprovados por Deus por meio da fé, não presenciaram a concretização do que Ele havia prometido; 
tendo em vista que Deus havia providenciado algo ainda mais excelente para nós, a fim de que juntamente conosco pudessem ser eles também aperfeiçoados.

                                                                                                                                 
                                                                                                                                        Hebreus 11

Viver pela Fé!

...mas o que é viver pela?
O que é viver pela Fé segundo esse texto da Epistola aos Hebreus?
Olha o texto todo...
Observe os detalhes.
O que é viver pela Fé?



                                                                                                                                                  J.R.S
Ora, a fé é a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos.
Pois foi por meio dela que os antigos receberam bom testemunho.
Pela fé entendemos que o universo foi formado pela palavra de Deus, de modo que o que se vê não foi feito do que é visível.
Pela fé Abel ofereceu a Deus um sacrifício superior ao de Caim. Pela fé ele foi reconhecido como justo, quando Deus aprovou as suas ofertas. Embora esteja morto, por meio da fé ainda fala.
Pela fé Enoque foi arrebatado, de modo que não experimentou a morte; "ele já não foi encontrado porque Deus o havia arrebatado", pois antes de ser arrebatado recebeu testemunho de que tinha agradado a Deus.
Sem fé é impossível agradar a Deus, pois quem dele se aproxima precisa crer que ele existe e que recompensa aqueles que o buscam.
Pela fé Noé, quando avisado a respeito de coisas que ainda não se viam, movido por santo temor, construiu uma arca para salvar sua família. Por meio da fé ele condenou o mundo e tornou-se herdeiro da justiça que é segundo a fé.
Pela fé Abraão, quando chamado, obedeceu e dirigiu-se a um lugar que mais tarde receberia como herança, embora não soubesse para onde estava indo.
Pela fé peregrinou na terra prometida como se estivesse em terra estranha; viveu em tendas, bem como Isaque e Jacó, co-herdeiros da mesma promessa.
Pois ele esperava a cidade que tem alicerces, cujo arquiteto e edificador é Deus.
Pela fé, Abraão — e também a própria Sara, apesar de estéril e avançada em idade — recebeu poder para gerar um filho, porque considerou fiel aquele que lhe havia feito a promessa.
Assim, daquele homem já sem vitalidade originaram-se descendentes tão numerosos como as estrelas do céu e tão incontáveis como a areia da praia do mar.
Todos estes ainda viveram pela fé, e morreram sem receber o que tinha sido prometido; viram-nas de longe e de longe as saudaram, reconhecendo que eram estrangeiros e peregrinos na terra.
Os que assim falam mostram que estão buscando uma pátria.
Se estivessem pensando naquela de onde saíram, teriam oportunidade de voltar.
Em vez disso, esperavam eles uma pátria melhor, isto é, a pátria celestial. Por essa razão Deus não se envergonha de ser chamado o Deus deles, pois preparou-lhes uma cidade.
Pela fé Abraão, quando Deus o pôs à prova, ofereceu Isaque como sacrifício. Aquele que havia recebido as promessas estava a ponto de sacrificar o seu único filho,
embora Deus lhe tivesse dito: "Por meio de Isaque a sua descendência será considerada".
Abraão levou em conta que Deus pode ressuscitar os mortos; e, figuradamente, recebeu Isaque de volta dentre os mortos.
Pela fé Isaque abençoou Jacó e Esaú com respeito ao futuro deles.
Pela fé Jacó, à beira da morte, abençoou cada um dos filhos de José e adorou a Deus, apoiado na extremidade do seu bordão.
Pela fé José, no fim da vida, fez menção do êxodo dos israelitas do Egito e deu instruções acerca dos seus próprios ossos.
Pela fé Moisés, recém-nascido, foi escondido durante três meses por seus pais, pois estes viram que ele não era uma criança comum, e não temeram o decreto do rei.
Pela fé Moisés, já adulto, recusou ser chamado filho da filha do faraó,
preferindo ser maltratado com o povo de Deus a desfrutar os prazeres do pecado durante algum tempo.
Por amor de Cristo, considerou a desonra riqueza maior do que os tesouros do Egito, porque contemplava a sua recompensa.
Pela fé saiu do Egito, não temendo a ira do rei, e perseverou, porque via aquele que é invisível.
Pela fé celebrou a Páscoa e fez a aspersão do sangue, para que o destruidor não tocasse nos fihos mais velhos dos israelitas.
Pela fé o povo atravessou o mar Vermelho como em terra seca; mas, quando os egípcios tentaram fazê-lo, morreram afogados.
Pela fé caíram os muros de Jericó, depois de serem rodeados durante sete dias.
Pela fé a prostituta Raabe, por ter acolhido os espiões, não foi morta com os que haviam sido desobedientes.
Que mais direi? Não tenho tempo para falar de Gideão, Baraque, Sansão, Jefté, Davi, Samuel e os profetas,
os quais pela fé conquistaram reinos, praticaram a justiça, alcançaram o cumprimento de promessas, fecharam a boca de leões,
apagaram o poder do fogo e escaparam do fio da espada; da fraqueza tiraram força, tornaram-se poderosos na batalha e puseram em fuga exércitos estrangeiros.
Houve mulheres que, pela ressurreição, tiveram de volta os seus mortos. Alguns foram torturados e recusaram ser libertados, para poderem alcançar uma ressurreição superior.
Outros enfrentaram zombaria e açoites, outros ainda foram acorrentados e colocados na prisão,
apedrejados, serrados ao meio, postos à prova, mortos ao fio da espada. Andaram errantes, vestidos de pele de ovelhas e de cabras, necessitados, afligidos e maltratados.
O mundo não era digno deles. Vagaram pelos desertos e montes, pelas cavernas e grutas.
Todos estes receberam bom testemunho por meio da fé; no entanto, nenhum deles recebeu o que havia sido prometido.
Deus havia planejado algo melhor para nós, para que conosco fossem eles aperfeiçoados.
Hebr