quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

Normose




"Eles enchem seus corações de insensibilidade, e suas bocas transbordam de arrogância".
(Salmo 17.10)

O vento sopra e bate no rosto.
Mas que rosto?
A chuva cai e molha a pele.
Mas que pele?
Há um ser que anda, mas não sente.
Vê, mas é que se não visse.
Tornou-se indiferente.
Gritam: Morte!!!!
...e lá na frente há uma multidão apressada.
Cada um segue seu caminho ou descaminho.
Cada um pisa a estrada em que os pés são levados a percorrer.

Um corpo caído no chão! Grita uma senhora.
É esterco que a água da chuva levou.

Quando o ser humano perde a sensibilidade, ele simplesmente fica embotado, estupidificado e por fim, torna-se cruel. 
Anaisthesia ou a insensibilidade, anestesia, entorpecimento, brutalidade e grosseria. Há quem já tenha se acostumado com isso e trata tudo com normalidade. As manchetes nos jornais, as denuncias nas redes sociais e o tânatos nas ruas. Nada mais atinge parte da sociedade. Chamamos isso de NORMOSE: a PATOLOGIA DA NORMALIDADE.

Há morte de mendigos nas ruas.
Assaltos nas esquinas.
Queima de moradores de rua.
Envenenar gatos.
Corrupção nas entidades governamentais.
Roubar e dividir com outros.
Dar um jeitinho.

Tudo normal.

Tudo, patologicamente normal.
Tudo insensivelmente normal.
Tudo imbecilmente normal.
Brutalmente normal.
Cinicamente normal.

Matar tornou-se pratica rotineira.

No entanto, dentre esses que perderam a sensibilidade, ainda há um povo sensível que denuncia a pedagogia insolente da violência. Há os que olham e percebem que a maldade está naqueles que sabem fazer o bem e ficam estagnados.

Urge denunciar esse esquema de entorpecimento!
Urge gritar a plenos pulmões: Basta!!! Acordem!

A Humanidade está em extinção.



terça-feira, 24 de dezembro de 2019

Ele Habitou Entre Nós





σκηνόω - Armou uma tenda, tabernaculou, habitou.


Silêncio.

A luz da Estrela é sinal que conduz à luz do mundo.
Há Luz para o Mundo!


...e ele modificou o tempo para entrar no tempo.

Despiu-se de suas vestes reais e vestiu-se com as vestes humanas.
Não, não, suas vestes não eram vermelhas.


Tinha as cores dos homens.

Sim! Todas as cores.
Todas as raças.
...línguas.
E nações.


As vestes reais ficaram pelo caminho.

...e no caminho de seu nascimento, presépio.


Na estrebaria animais...

No campo Anjos.
No rosto de Maria, uma lágrima mistura-se com um sorriso.


Um choro.



Deus chegou mais perto.

Tão perto, mas tão perto, como nunca se viu e talvez jamais se verá.


A Luz veio ao mundo.



Os homens amaram o Natal, mas não amaram a sua mensagem.

Ele amou os Homens.


...e o Deus-Menino, tornou-se Homem.

O Teantropos!


Ele pisa na terra.

As flores compreendem.
Os animais percebem.
A natureza faz parte de sua mensagem.
Os anjos o conhecem.
Mas, e os Homens?!


Quem é aquele que fala com tanta autoridade?

Perguntavam alguns.


Quem é Ele?!



Ele é.

...é de ser.
Não precisa vir-a-ser mais nada.


Por Ele veio a vida.

Vida! Mas vida mesmo.


NEle existimos e nos movemos.



A Carta escrita por Deus.

Ele entrega a carta e Ele é a carta Divina.
O verbo...
O Logos.
A Palavra.


Desceu.

Avizinhou-se.
Habitou.


E hoje é feliz o quê?



Natal?!



Não, Hoje é Um Feliz Jesus para você.



Boas Festas?!



Não...



Boas Noticias.



Que Cristo brilhe intensamente em seu coração como brilha no meu.



Amém!




quinta-feira, 19 de dezembro de 2019

Há dois Natais




Já vivi, conscientemente, pelo menos uns trinta e quatro natais, mas a apenas vinte e cinco destes, eu pude realmente pensar a respeito. 
Há, nitidamente, pelo menos dois natais. Um é o Natal do "ídolo de mercado" e o outro, se é que podemos chamá-lo assim, é o "Natal Bíblico".

O Natal dos ídolos de marcado, são formados pela relação reciproca e sociedade do Homem com o Homem. Nessa relação há um interesse mutuo! O comercio fica efervescente! Muita transação, muito dinheiro rolando, muito interesse em dar e receber, em estar junto socialmente falando - é claro, não vamos ser azedo ao ponto de dizer que não há uma lembrança vaga da razão do período, não é? É claro que há, senão, não haveria sentido. No entanto, o que vale mesmo é o período onde o mercado é aquecido (não sejamos hipócritas). A relação com o "ídolo de mercado" é dar e receber. Nesse Natal, o mais importante é o papai Noel, a foto nas redes sociais, a ostentação do melhor vestir, do melhor calçar, do melhor comer. O Natal do "ídolo de mercado" é marcado com o ferro quente da prosperidade e do bem estar. Nesse período se faz muita "caridade", que é uma forma de não se esquecer do menos favorecido, mas também é uma forma de dizer que, apesar de toda a maldade praticada, as vezes, durante o ano, há tempo também para ser "bom". 

Você pode achar a minha colocação um pouco amarga, mas me desculpe, a verdade nunca foi doce a primeira mordida. E, nós sabemos que, a poda na árvore é cruel à vista, mas sem a poda a ceiva não circula bem. Portanto, há coisas para serem ditas que não encontramos a forma certa para dizê-las, apenas procuramos dizê-las da melhor forma. 

O Natal Bíblico é diferente.

No Natal bíblico há uma boa nova de Salvação. No Natal bíblico, Deus chegou mais perto, avizinhou-se, armou uma tenda, se fez morada, veio morar com os homens - assumiu-se humano e doou-se por esse ser humano, por causa de seus desvios e corrupções. No Natal bíblico, Deus abre mão do Filho e concede um presente aos homens. O Natal bíblico pouco é lembrado, mesmo no período de Natal. Ele não traz retorno financeiro e ainda leva os homens à uma profunda reflexão. 

Cristo veio ao mundo para morrer pelos pecadores.

Todo o ajuntamento social e familiar no Natal, é válido! Mas não podemos esquecer o principal assunto: Jesus! Sua vida, ministério, morte e ressurreição.

Há dois Natais (...)
Qual é o Natal que celebramos?