domingo, 27 de fevereiro de 2011

DO QUE REALMENTE PRECISAMOS?




A noite goteja a reflexão: O que eu realmente preciso?

Há uma mistura de sentimentos nesta pergunta, pois saber o que realmente precisamos não é tarefa que se faz apenas em sala de aula, mas é tarefa que a gente leva pra casa e fica mexendo nela de um lado para o outro.

Eu preciso da força e da fraqueza...

Preciso da força para recuar quando vejo espinhos cobertos de flores.
Preciso da fraqueza para entender que às vezes ser fraco é ser inteligente.
Preciso da força para controlar meus in-pulsos.
Preciso da fraqueza para compreender os meus limites.
Preciso da força para me equilibrar num ponto de interrogação sobre o que é bom ou mal.
Preciso da fraqueza para entender que sou barro e posso ser quebrado.
Preciso da força para juntar os cacos quebrados e ré-fazer-me.
Preciso da fraqueza para se deixar tocar.
Preciso da força para mexer naquilo que foi tocado.
Preciso da fraqueza para saber que posso voar.
Preciso da força para me manter em pleno vôo.
Preciso da fraqueza da ferida feita no amor que me fazia amar.
Preciso da força para acreditar que outros amores me farão amar.

Paradoxo: encontro da simplicidade com a complexidade.
A Lua e o Sol: um dorme e o outro acorda.
No entanto, ambos se amam no in-tervalo.

Dentre tantas coisas que precisamos, precisamos da poesia, que vem gotejando pela ponta das estrelas, anunciando que sempre é preciso amar-se. 



J.R.S
2011

2 comentários:

Anônimo disse...

Força e fraqueza é como o amor e o ódio, andam lado a lado, mistura de um e encontro do outro no final...muito bom Pr."Poeta"...rsrsr...Abraços!!!

Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.