quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

ETHOS




Palavras...
Ah! Essas palavras soltas...
Loucas.
Constroem mundos e destroem pessoas.

Vivemos atualmente em um mundo onde as pessoas falam muito e ouvem pouco.
Não há, pelo menos a priori, nenhuma preocupação com aquilo que irá sair de seus lábios: simplesmente verbalizam ou, em muitos casos, há verborragias

As noticias surgem a cada instante: em cada, uma novidade estrondante. Os telejornais estão hiper politizados ou tendenciosos à determinadas ideologias politicas. Assim, sabedoria para quê? A defesa das tendencias partidárias estão em primeira lugar. Há uma onda desenfreada de palavras...

Palavras mal-ditas.
Palavras bem-ditas.
Palavras que interditam.

Palavras.

Que tal se nós falássemos um pouco sobre ética?!
Ética?! Ética é tudo aquilo que acertamos entre nós que nos fornecerá os axiomas para vivermos bem. O que todos deveria fazer para viver bem? Qual o caminho? Como transitar no meio das polaridades? Como evitar os extremos? Que existência queremos? Uma vez em que aqui, estamos todos morrendo. Como viver ou morrer melhor? Como saber se portar diante das polemicas existentes? De que lado? Direita ou esquerda? Quem tem razão? Quem está com a verdade?

De fato, estamos andando pelo chão árduo dos questionamentos. As pessoas falam pela boca e  muitas das vezes, fecham o cérebro. Não seria melhor fechar a boca e abrir o cérebro? Porque tanto ódio? Porque tanta sede de poder?! Para quê tanta ofensa? 

Ética.

Precisamos urgentemente de repensar e renovar o pensamento ético da atualidade. Os valores, os verdadeiros valores estão sendo atacados de todas as formas. Quando tento falar sobre valores e valores verdadeiros, não me baseio em ideologias politicas ou quaisquer outras (se fossemos resgatar a história da ética, veríamos o quão animalesco vivemos) falo tão somente da vida que se vive agora, já! Neste momento. Que ética vivemos? Todos gritam por liberdade, mas o que é liberdade? Todos pedem o direito de ter direitos, mas que direitos? O direito que lhes é devido, não lhe autoriza a romper o direito do outro. Que direitos queremos? E se queremos direitos, por que não exigimos direito o que de direito temos? Que ética vivemos? De falar o que quer, mesmo não sabendo do que se fala? Somos autônomos na fala ou reproduzimos o que ouvimos de outros? Somos uma voz ou massa de manobra? Pessoas ou mamulengos? O que somos? 

Os telejornais ditam o que pensamos? Os partidos Políticos ditam o que pensamos? O que pensamos? Como pensamos? Da onde pensamos? Qual é a fonte do nosso pensamento? Poderíamos dizer que pensamento e pensar,como ato psicológico, não devem ser confundidos. Além disso, o pensar não é puramente intelectual, mas o sensório-motriz também "pensa". 

Gritamos: 
- Queremos a verdade!!!
No entanto, não sabemos a verdade que queremos.
Que verdade queremos?!

A verdade dita contraria ao que diz o nosso opositor? Ou a verdade que seja verdade, mesmo que essa verdade seja a verdade que é verdade, do nosso opositor? Que verdade queremos?

Ética.
Precisamos de ética.

Uma ética que seja conduzida por uma moral não patológica, dúbia, bifurcada, mas uma ética cuja linha não fornece curvas: não para uns, mas para todos. Uma ética que anda junta com a liberdade que nada mais é do que está preso a valores que beneficiem o outro.

Se o que me faz livre, me livra para maltratar o outro, então não há liberdade, mas prisão e prisão fétida

Ética.

Mas que ética queremos?!

Precisamos de uma ética que gere vida.
Onde ou aonde ela está?!


2 comentários:

Unknown disse...

Muito bom ao lê cheguei a conclusão de que estou altamente intoxicado pela a NORMOSE, já que você meu querido amigo Georgino é o descobridor da NORMOSE o que você indica como antidoto para a cura da mesma se é que existe cura?
NORMOSE se não ouver um alerta geral embreve toda a população estára com NORMOSE e tudo achando normal

Jeorgino da Silva disse...

Meu caro "Unknown", o antidoto para a NORMOSE é a não estagnação, o não conformismo e a ação continua. A NORMOSE é sutil e mau se percebe. Quando você ver as pessoas humorizando "desgraças", acredite, ai está uma patologia. O Humor é importante e tem o seu devido lugar e hora. No entanto, viver humorizando tragédias, corrupções, traições, violências, é doentio! Perfidamente doentio. As pessoas perderam a noção da realidade: filmam suicídio, fotografam pessoas agonizando nas ruas...em fim (...) trágico! Absurdamente trágico.