terça-feira, 16 de abril de 2019

3ª Dia - Ele Observa o Movimento no Templo.





Estando Jesus a observar, viu os ricos lançarem suas ofertas no gazofilácio. Viu também certa viúva pobre lançar ali duas pequenas moedas; e disse: Verdadeiramente, vos digo que esta viúva pobre deu mais do que todos. Porque todos estes deram como oferta daquilo que lhes sobrava; esta, porém, da sua pobreza deu tudo o que possuía, todo o seu sustento (Lc 21.1-4)

O dia amanhece.
Depois de um descanso na casa de seu amigo Lázaro, Jesus e seus discípulos, se preparam para voltar à Jerusalém. É o 3ª Dia, e Jerusalém fica a menos de quatro quilômetros de Betânia. A Páscoa se aproxima, o dia será cheio em Jerusalém e Jesus irá ministrar seus últimos sermões.

A Caminhada, de volta a Jerusalém, começa.

No caminho, eles conversam sobre a figueira, que no dia anterior, fora amaldiçoada por Jesus, porque fingia ter frutos.

Fingir que tem alimento? Fingir que está alimentando?
Isto é um alerta aos pregadores, ministros do altar.

Jesus chega a Cidade e logo começa a ensinar e de pronto, grupos passam a vigiá-lo e até, provocá-lo para ver se ele caia em alguma contradição.

Quando não conseguem argumentar, contra a verdade que você prega, eles tentarão corrompê-la.

Jesus se sai bem de todas as investidas dos fariseus, dos líderes religiosos e dos grupos, contratados, para pegarem-no em alguma falta.

Mas depois de tanto pregar e debater, Jesus, um alivio haverá de ter.

O Mestre da Galileia, observa atentamente o movimento no Templo.
Ele observa o movimento...
Ele observa...
Ele...

Entende?

Seu olhar encontra uma viúva pobre.
Que cena revigorante para os seus olhos tão cansados de ver muita pompa e pouco culto.

A viúva se aproxima do lugar onde se colocam as ofertas.
Os olhos de Jesus a acompanham.

...e ela deposita duas moedas, mas não eram apenas duas moedas, na verdade eram as únicas que ela possui.

O coração do Cristo bate forte!
Ele não se contem e fala:

"Todos ofertam aqui, do que sobra.
Ela ofertou o que tinha.
Acreditem! Ela ofertou mais do que todos aqui".

Escute: Quem oferta do que sobra, é a sobra que ofertou.
Quem oferta o que tem, como se não tivesse, oferta do que é.

A Viúva oferta de si, porque ela é a oferta!
Os outros oferecem das sobras, porque os outros são sobras!

Cada um, oferta o que é.

Jesus sai do Templo, vai ao Monte das oliveiras e contempla novamente a Cidade.

É hora de descansar em Betânia.



segunda-feira, 15 de abril de 2019

Entre Betânia e Jerusalém: 2º Dia.



"No dia seguinte, saindo de Betânia (...) chegaram a Jerusalém..." (Mc 11.12 e 15)

Entre Betânia e Jerusalém.
Entre amigos e a Cidade.
Entre abraços e safanões.
Entre descanso e aflições.

Ele transita entre Betânia e Jerusalém.

É o segundo dia e que dia.
Uma Figueira tenta lhe enganar.
Uma negociata, no Templo, ele vai encontrar.
Jesus, em vez de calar, vai falar:

...há odor de sangue e moeda.
No Templo se misturam, vida e sujeira.

...e Jesus, voltando de Betânia para Jerusalém, agora trás consigo, um chicote.
Os cambistas exploram.
Os pobres choram.
Há uma gritaria no Templo.
Ninguém respeita aquele momento.

Jesus não é de se irritar, mas não dá para desviar o olhar.
Tem homens aproveitadores.
Tem gente pelos corredores.

...e de leve, ele desenrola o chicote.

"Minha casa será chamada, casa de oração, mas vocês a transformaram em covil de ladrões.

Minha casa! Vociferava, Jesus.

A casa não é nossa para fazermos o que quisermos, entende?.

Escute: Há uma casa de oração, mas será que há uma oração na casa?
O que há, na casa de oração, quando lá oração não há?
Qual é essa tal, nova visão?
Que novidade é essa, que de novo, nada, tem não?
Porque não trocam a gritaria por uma canção?
Porque não trocam o requebrado, por um culto com contemplação?

...anoiteceu em Jerusalém.
Faz frio...
O mestre num canto está...
Há uma fogueira esquentando a chama acessa, a Luz do Mundo.

Num segundo, em meio a escuridão, caminhando para a fogueira, vai um Homem de posição. Ele quer saber de Jesus, sobre coisas que carrega no próprio coração.

Jesus, muito amoroso, lhe diz:

É preciso Nascer de Novo.

Era o segundo dia.






domingo, 14 de abril de 2019

No Raiar do 1º Dia - Pederneira.





"...eis por que fiz do meu rosto uma pederneira" (Is.50.7)

"Quando estavam a caminho, subindo para Jerusalém, tomou consigo os doze, eles estavam assustados e o acompanhavam (...) estando a sós com eles, disse: o Filho do Homem será entregue aos aos chefes dos sacerdotes e escribas. Eles o entregarão à morte..." (Mc 10.32-34).

É a última volta no ponteiro, e isso durará uma semana.
É chegado o tempo (uma hora ou outra ele chega, Deus não se atrasa em horários).
Jesus se prepara para a última semana de seu Ministério Público.

O profeta Isaías viu esse momento: eis por que fiz do meu rosto uma pederneira.

É preciso fazer uma pausa aqui.

Isaías viu o rosto do Senhor como uma pederneira.

A pederneira é uma pedra dura e pontiaguda, usada para produzir fogo, quando entra em atrito com o metal.

As coisas ficarão bem serias em Jerusalém.

Jesus vira seu rosto em direção à Jerusalém. Seus discípulos o observam e durante cerca de 3 anos, nunca viram aquele olhar.

O vento bate no rosto de cada um deles, há um frio na barriga - eles se olham e se assustam com o olhar de Jesus em direção à Jerusalém.

Então o Mestre os chama:

"Estamos subindo para Jerusalém.
Estamos indo além...
Eu serei entregue e me entregarei.
Minha Missão, terminarei.
Vivi muitos sorrisos, agora chorarei.
Mas não tenham medo, em breve, me alegrarei".

Escute: 

O mundo não facilitará a sua vida. Muitos tentarão impedir a sua Missão. Endureça o rosto! Olhe para a direção em que você tem que ir e vá!  Haverão atritos, você poderá até ser humilhado, mas Deus não deixará que sejas envergonhado.


...e foi assim, na raiar do primeiro dia, uma semana antes da Páscoa.