segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Creio e Não Creio







Creio que o Culto é mais importante do que a liturgia.
Creio que a igreja é mais importante do que o templo.
Creio que a necessidade humana é mais importante do que a tradição.
Creio que o dizimo deva ser entregue sem pressão, sem terrorismo, voluntariamente.
Creio que a salvação é pela Graça de Deus em Cristo Jesus, somente.
Creio na prosperidade do Evangelho, não na teologia da prosperidade.
Creio nas campanhas que se realizam na Igreja, mas não creio na metodologia dos que promovem as campanhas para arrecadar dinheiro do povo.
Creio que a Bíblia é a Palavra de Deus quando não está sendo manipulada por um homem.
Creio na mensagem do Evangelho pregada nos púlpitos quando ela não é tendenciosa.
Creio no Deus que repousa em Jesus.
Creio no Jesus dos Evangelhos.
Creio no Espírito Santo e nas manifestações dos dons espirituais.
Creio no amor que uni duas pessoas, mas não creio no amor que baseia-se em interesses pessoais que as mantem unidas.





J.R.S

domingo, 16 de outubro de 2011

O DIA DO REENCONTRO



“Porque em parte conhecemos (...) Quando, porém, vier o que é perfeito, então o que é em parte será aniquilado (...) Porque agora vemos como por espelho, obscuramente, então veremos face a face; agora conheço em parte, então conhecerei como também sou conhecido” (Trecho da carta do apóstolo Paulo aos Coríntios)
Quando te vi amei-te já muito antes: Tornei a achar-te quando te encontrei. Nasci pra ti antes de haver o mundo. Não há cousa feliz ou hora alegre Que eu tenha tido pela vida fora, Que o não fosse porque  te previa, Porque dormias nela tu futuro”.  (Fernando Pessoa)

Há uma mensagem meio esquecida no meio cristão-evangélico que faz muita falta a aquelas pessoas que ainda nutrem e suspiram pelo ré-encontro com Jesus: a mensagem do arrebatamento. Desejo falar sobre isso não de um ponto de vista teológico, mas de um ponto de vista devocional e livre, pelo menos neste momento, de qualquer intervenção homilética ou hermenêutica e tão pouco me utilizarei da exegese para descrever o que penso, sinto e espero desse momento. Peço licença aos Mestres, teólogos e professores para me expressar conforme sinto.
Depois de ler alguns trechos bíblicos e também alguns poemas, chego a uma conclusão minha, repito, minha conclusão e se é minha não é obrigação nenhuma tê-la como fundamento de fé para você. No entanto se quiser abraçar minha conclusão e meus pensamentos quanto a isso, podem ficar a vontade.
Haverá um dia em que todos os poderes do céu serão abalados novamente. Sim, haverá um dia em que isso acontecerá sem sombras de dúvidas. Será um dia em que as pessoas não esperarão: não sabemos datas, horas, mês especifico, nada, absolutamente nada sabemos a respeito desse dia. O apóstolo Paulo fala simplesmente que será “num abrir e fechar dolhos, ao ressoar da ultima trombeta”, todos seremos transformados e seguiremos ao encontro de Cristo nos ares. Isso mesmo, senhoras e senhores: Eu espero ser transformado e arrebatado até onde Cristo estará me esperando e não apenas a mim, mas a todos aqueles que esperam a sua maravilhosa vinda.
Como acontecerá? Quando isso acontecerá? A minha resposta é: não sei, mas sei que acontecerá.
No entanto, não sei se será um encontro. Tenho pensado bastante sobre isso nesses dias. Tenho para mim que será um ré-encontro. Veja bem: de alguma forma, ao cedermos aos encantos da Pessoa de Jesus de Nazaré, convencidos pelo Espirito Santo, temos um vislumbre dele mediante a experiência espiritual que passamos a desfrutar quando vivemos em comunhão. O apóstolo Paulo diz: “Em Parte...”. Conhecemos ao Senhor em parte, apenas em parte e de alguma forma só em parte. Não o conhecemos totalmente. Mas como conhecemos ao Senhor em parte? Será que não é o Espirito Santo que nos mostra o Senhor em parte através da experiência espiritual? Paulo diz: “vemos como por espelho, obscuramente...”. Vemos apenas traços dele. Será que não é uma ação do Espirito santo nos mostrando um vislumbre de Cristo? Continua falando Paulo a respeito disso, dizendo: “...então conhecerei...”. Então, naquele dia em que voarei ao encontro dele o conhecerei como ele é de fato: não em parte, sem sombras, sem espelhos embaçados e sem qualquer coisa que me atrapalhe de vê-lo como ele É: verei a Jesus, como ele É! Mas acho que não o conhecerei. Espere, espere! Não estou entrando em contradição. Acho que o reconhecerei. Tenho pra mim que já o vi por aqui. Em algum lugar, mas não me lembro aonde: não sei se foi em uma caminhada na praia, se foi indo ao mercadinho, não sei se foi em uma loja de artigos para criança...
Acredito que será essa a minha sensação. Em algum lugar já vi Jesus em parte: talvez tenha sido em meus sonhos mais lindo. Talvez tenha sido quando uma criança voluntariamente beijou a minha face. Talvez tenha sido quando um garoto olhou para mim e disse: “Deus muda hoje a tua história!”. Não sei ao certo. Mas sei que o vi apenas em parte.
Prepare-se para reencontrar-te com Cristo, pois tenho certeza que em algum dia você já o viu por aqui.
Isso ficou mais firme e mais forte em mim, logo após ler esse poema de Fernando Pessoa que intencionalmente coloquei abaixo das palavras do apóstolo Paulo. Fernando Pessoa diz: “Quando te vi amei-te já como antes...”. Sinceramente falando, acredito que essa será a sensação: já o vi antes, em algum lugar e de alguma forma que não sei explicar, e o amei. Tenho quase certeza que será assim.
E você? Como acredita que será seu reencontro com Cristo? Ou será que você acredita que será um encontro? Como pensa nisso? O que vem a tua mente quando tu imaginas esse momento? Ou não imaginas esse momento? Será que você vive aqui e não pensa por alguns segundos sobre isso? Será que não acredita nisso? Ou será que acredita, mas de alguma forma não pensa sobre isso? Será que as igrejas ditas cristãs evangélicas ainda falam sobre isso? Você não houve mais mensagens sobre isso?
Talvez estejamos mesmo em falta no que diz respeito a mensagens sobre o arrebatamento dos salvos em Cristo. Muito provavelmente a culpa também seja minha  esquivando-me, às vezes de tocar neste assunto. Não sei ao certo o que se passa em sua mente quanto a isso, mas saiba que haverá um dia em que eu, você, nós nos reencontraremos com Cristo nos ares e depois estaremos com ele para sempre. Você crer nisso? Se crer, divulgue! Relembre seus amigos e amigas. Também fale aos seus familiares e a todos quantos possam ouvir.
Já é momento de retomar essa mensagem! Chega das mensagens sem conteúdo ministradas pelos vendedores de ilusões.
Que tal se você experimentasse dizer a todos: “Gente! Em breve nos reencontraremos com Cristo e com ele viveremos para sempre”. Tenho certeza que será uma maravilhosa experiência.




J.R.S
...no dia em que sonhei com o arrebatamento

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

A Ditadura do: "Tem que Dar Certo!".






"Respondeu-lhe o pai: veio o teu irmão astuciosamente, e tomou a tua benção. Disse Esaú: Não é com razão que se chama ele Jacó?" (Gn 27.35,36).

"Quer pouco: terás tudo.
 Quer nada: serás livre". (Fernando Pessoa).


De todas as cargas que uma pessoa pode lançar sobre uma outra pessoa, o "Você Tem que Dar Certo" é uma das piores. Quando isso soa como insentivo, torcida e esperança que tudo vá bem na vida de alguém que se ama, é aceitável, mas quando é imposto vira uma ditadura terrivel.

Jacó desde de que nasceu, já veio ao mundo debaixo do signo do "Você tem que Dar Certo". Verifique o histórico da pessoa: dentre do ventre brigava com o irmão, depois, no momento do parto, seu irmão saiu primeiro e ele saiu em seguida segurando no calcanhar do irmão. Depois de nascido, talvez pela atitude dele em ter nascido segurando o calcanhar do irmão, sua mãe lhe deu o nome de Jacó (Aquele que usurpa). Ao crescer, ele tornou-se menino calmo, pacato, suave e mais aproximado da mãe do que do pai. Com isso, sua mãe nutria sonhos gigantescos para ele e isso deveria acontecer a qualquer custo. Ora, Jacó com um histórico desses, estava sendo impulsionado pela mãe para dar certo na vida. Em um momento oportuno, a mãe ouviu uma conversa do pai com o outro irmão: Esaú. Esse era o querido do papai. Isaque iria abençoar Esaú com a benção da primogenitura, mas Rebeca ouviu a conversa e logo tratou de modificar a situação. Chamou Jacó e disse que ele se preparasse para ser abençoado pelo pai no lugar de Esaú. Em principio Jacó até achou estranho e perigoso, mas sabe como é não é? Ele tinha que Dar certo. Pronto, tudo preparado. Jacó leva o alimento para o pai fingindo ser Esaú e rouba a benção do irmão. O plano deu certo, mas  JACÓ SOFREU O RESTO DA VIDA.

Jacó tinha que concretizar as expectativas de Ter que Dar Certo.

Dar certo, na vida, para Jacó, deixou de ser prazeroso para se tornar uma obrigação e por isso ele sofreu. Quando a vida nos obriga a roubar o que é do outro para sermos um sucesso, é porque não temos competencia para alcançar os objetivos.

Jacó queria Dar Certo na Vida não porque ele queria Dar certo na Vida, mas porque havia uma expectativa enorme sobre ele. Ele fez disso a sua missão principal.

O que em sua vida deixou de ser prazeroso para se tornar uma obrigação?
Porque ser um sucesso tornou-se prioridade em sua vida?
Você quer Dar Certo na Vida por você ou para alimentar a ilusão dos outros?

Conheço bastante gente que hoje sofre porque alimentou a expectativa dos outros e tornou a vida pesada e desnecessária também. E por isso o desejo do suicídio muitas vezes bate a porta.

Pessoas que vivem querendo Dar Certo na Vida a todo custo vão a cada dia alimentando-se de uma comida que mais cedo ou mais tarde vai-lhes fazer mal: a comida da ganância.

"...tomou a tua benção". Disse Isaque para Esaú. Isso é querer Dar Certo a todo custo.
"...não é com razão que se chama Jacó?". Jacó teria que conviver com isso pelo resto de sua vida e apenas amenizou um pouco no dia em que Deus o encontrou no Vau de Jaboque e mudou-lhe o Nome.

Deus entrou na história de Jacó para que a vida dele não se torna-se uma tragédia.

E você? Vai querer Dar Certo na Vida a todo custo?

Faz tempo que eu desisti de tentar Dar Certo na Vida. Sigo meus planos, projetos e sonhos sem nenhum desejo de alimentar as expectativas que os outros possuem com relação a mim. Não sou escravo de expectativas alheias. Simplesmente sigo em busca dos meus sonhos confiando em Deus que guia os meus passos pelas estradas pontiagudas da vida.

Não estou preocupado em ser um sucesso.
Não estou preocupado em ser próspero.
Não estou preocupado em ser o um melhor do que um outro.

Minha meta é seguir em frente, tentando a cada dia agradar o coração de Deus.
Se Ele quiser fazer-me próspero, estarei de sorriso e braços abertos para receber de sua Graça, os beneficios não só para mim, mas para todos que de mim precisam. No entanto, não limito o meu amor à Ele e isso não está condicionado ao que Ele me dar ou não.

Não faço campanhas de prósperidade.
Não faço votos de prósperidade.
Minhas orações não giram em torno de prósperidades: não julgo quem as faz.

Quero tão somente seguir minha vida em Cristo, caminhando em direção ao meu verdadeiro lar sem a pressão de ter que dar certo.

Se eu der certo na vida, será pelas mãos DEle.

Me contento em agradar-lhe o coração.







J.R.S