sábado, 4 de abril de 2015

(...) Nem Um Som Se Ouvia.


...e era sábado.
Nem um som se ouvia.
A coroa posta ao lado, guardada, já não furava mais a cabeça do inocente que aceitou tornar-se culpa.
...todos voltam para casa, mas as imagens saltam diante de cada um: como alguém suporta sofrer tanto assim?

...e como a navalha que corta o fio de linho, ali está a vida cortando a morte.
E quando todo cântico maléfico estrondava alegria, no silencio ele mudava a nossa sorte...

Cala! Deixe-os cantar.
fecha teus olhos, cessa teu falar.
Pega teu silencio, poe em uma pasta...deixa a resposta no ar.

...era sábado.
Não há pregador na praça.
...o Galileu silenciou a voz...
Mas o seu sussurro, ecoa na mente dos seus discípulos.

...era sábado e até hoje é sábado.
Até que cada um, com seu cada qual, se veja naquele Túmulo.


Nenhum comentário: