“Mas
aquele que, no seu coração, tomou firme propósito, sem coação e no pleno uso da
própria vontade, e em
seu íntimo decidiu...”
(I Co 7.37)
“Não
nascemos para fazer alguma coisa, mas para sermos alguém”
(Leloup)
Na primeira parte desse
artigo sobre a Vontade de Deus em nossa relação com Ele e com a vida que Ele
deseja para nós. Falamos que, a Vontade de Deus está descrita, inscrita e
escrita nas páginas da Escritura Sagrada, basta apenas irmos diretamente a ela
e descobrirmos.
No entanto, existem
certas decisões pessoais que cabem ao próprio individuo toma-las e é neste
ponto que desejo manter-me aqui.
Queremos que Deus esteja
presente em nossas vidas e o queremos participativo, mas as vezes, só as vezes,
tenho uma ligeira desconfiança de que em certos momentos quando pedimos a Deus
para fazer parte de nossas decisões pessoais, fazemos isso, muito provavelmente
com a seguinte intenção: “Bom, vou fazer, pois consultei a Deus e não tem como dar
errado”.
O que queremos com
essa atitude? Na verdade. O que queremos? Queremos que Deus nos conduza ou
queremos alguém para responsabilizar caso as coisas não aconteçam como
desejamos? Será que no íntimo, observe, estou apenas conjecturando, não estamos
querendo instrumentalizá-lo a favor de nosso benefício? Será que não estamos
querendo nos eximir das responsabilidades pessoais? Será que podemos fazer esse
exercício e sermos honestos conosco e com Deus? Será que não estamos, com isso,
atrás de alguém para culpa-lo por nossas frustrações?
É bom fazermos essas indagações pessoais para não corremos o risco de
estamos sendo dissimulados, querendo fazer algo e consultando a Deus na direção
exposta, fazendo assim um exercício de consciência para vermos onde vai
terminar isso.
O apóstolo Paulo, fala de
vontade própria
e decisões que são tomadas no íntimo.
Se é uma vontade boa e no
íntimo as decisões são legais ou ilegais, morais ou imorais, eu e você temos a
total capacidade de discerni-las a luz da nossa própria consciência apegada
as Escrituras Sagradas.
O apóstolo Paulo fala da
boa consciência: “...até
o dia de hoje tenho andado diante de Deus com toda boa consciência”
(Atos 23.1).
Embora, a estrutura humana tenha sido desorganizada pela presença do pecado,
Paulo afirma que tem andado diante de Deus com boa consciência. Observe: isto é para quem anda com Deus. Será que eu tenho andado com Deus?
Será que o
meu andar com Deus, caso eu ande, tem produzido em mim uma boa consciência?
Paulo ainda fala de uma consciência que, tanto acusa quanto defende: “...dando disto testemunho sua consciência
e seus pensamentos que alternadamente se acusam ou defendem” (Rm 2.15). Ele ainda fala que a consciência
é um testemunho: “...O
nosso motivo de ufania é este testemunho da nossa consciência; comportamo-nos
no mundo, e mais particularmente em relação a vós, com a santidade e a pureza
que vêm de Deus, não com sabedoria carnal, mas pela graça de Deus” (II Co 1.12). E ainda, o autor da Epístola
aos Hebreus fala de uma consciência purificada: “Aproximemo-nos, então, de coração reto e cheios de fé, tendo o
coração purificado de toda má consciência e o corpo lavado com água pura”. (Hb 10.22)
A consciência é uma boa aliada ou aliado, no momento de tomar decisões
pessoais. No entanto, observe: a consciência que passou, passa e está passando por essa
metanoia.
É a primeira da minha lista de dicas para se tomar decisões pessoais: a consciência apegada e metaforseada pela Escritura Sagrada.
A questão é: Como está a
minha consciência? Como está a tua consciência? Como estamos?
Vou deixar você conversando com o texto...
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