quarta-feira, 10 de março de 2021

A Babilônia como símbolo no Apocalipse de João.

 


E levou-me em espírito a um deserto, e vi uma mulher assentada sobre uma besta de cor de escarlata, que estava cheia de nomes de blasfêmia, e tinha sete cabeças e dez chifres. E a mulher estava vestida de púrpura e de escarlata, e adornada com ouro, e pedras preciosas e pérolas; e tinha na sua mão um cálice de ouro cheio das abominações e da imundícia da sua fornicação; E na sua testa estava escrito o nome: Mistério, a grande babilônia, a mãe das prostituições e abominações da terra. E vi que a mulher estava embriagada do sangue dos santos, e do sangue das testemunhas de Jesus. E, vendo-a eu, maravilhei-me com grande admiração.

Apoc 17.1-6

Passou-se o tempo, agora é hora de seguir adiante - sem olhar à trás. 

A História não caminha para o seu final. A história não está dando derrapadas para o seu final: ela está em queda LIVRE, dirigindo-se para o seu final.

Ao olhar os obstáculos, acredite, não há tempo para buscar outro caminho: o obstáculo é o próprio caminho - superem-no.

É momento de olhos fixos nos acontecimentos ao nosso redor: Olhos nos jornais, Escritura em uma das mãos e na outra, livros, pesquisas, leituras - joelhos fortalecidos, oração intermitente e discernimento.

Já vivemos sim, períodos apocalípticos na história e estamos vivendo outros, mas outros com tanta evidencia, tantos sinais que chega a ser criminoso, ignorá-los.

O livro do apocalipse é uma revelação, um desvelar, um desnudamento da história e seus passos. Com os atuais acontecimentos, a reflexão no livro do apocalipse torna-se imperiosa e com um chamamento para uma leitura de escuta, de interiorização, de aprofundamento e de abertura. Precisamos de uma hermenêutica que nos auxilie na compreensão dos textos e mais do que isso, precisamos que o Espírito de Deus conduza nossas consciências ao que de fato e de verdade está posto. O tempo atual é atordoante! Somos parcelas de um organismo global, células de um mesmo corpo dentro de uma coletividade humana, e estamos sendo soterrados por um mundo de informações que possui agenda pronta e defendem um sistema que agora, neste exato momento, podemos ver a olhos nus, as suas verdadeiras características e intenções. 

Não podemos negar: o ser humano não é o problema central dentro deste contexto apocalíptico, mas se coloca como instrumento para manobras que alimentam um sistema diabólico, perverso e tirânico. 

Há um sistema mundial que luta para impor sua forma de vida, de existência. O livro do apocalipse chama esse sistema de BABILÔNIA.

Atentemos para isto.

Simbolicamente, babilônia corresponde a um sistema onde o ser humano é objeto de consumo, aliás, o ser humano é consumista e em seu consumismo torna-se consumido pelo sistema da babilônia. O sistema babilônico tem como propósito desviar as pessoas da realidade e introduzi-las em um mundo de pura ilusão. Babilônia é a vitrine da moda, é o colorido que rouba o tom real das coisas. A babilônia é o Glamour! É torre de babel revestida de autossuficiência. É desprezo a Deus e tudo aquilo que possa se direcionar à Deus. A babilônia faz caricatura do Evangelho do Cristo. Faz piada, sutilmente inocente. A Babilônia mascara as suas verdadeiras intenções. No sistema babilônico, também mora um cristo, produzido por ela para enganar os santos - é isso mesmo. A babilônia colocará cristos contra cristos (entenda - a mulher estava cheia de nomes de blasfêmias) O sistema Babilônico é de uma inteligência avassaladora, observe: João, o apostolo que recebeu as revelações ficou "ADMIRADO". Olhe o texto e veja. O sistema Babilônico é cheio de novidade, de entretenimento - sua ideologia é deixar-nos cada vez mais longe das situações reais. Quanto mais ele prende a sua mente em algo, mas você se torna escravo do sistema. O sistema babilônico está intimamente ligado e aparelhado com o sistema político do mundo! Sim! A política ou politicagem (já que a politica pode ser séria) em muitos casos e situações, está a serviço do sistema babilônico. O poder judiciário da babilônia é eficaz - leva socos, mas permanece de pés aguardando a hora de dá o contragolpe. 

No texto, a mulher que carregava o nome misterioso na testa, estava embriagada com o sangue dos santos - Babilônia - era o que estava escrito.

A Babilônia está em guerra, sentiu que os tempos são findos e ela tentará a sua ultima investida. 

Olhos bem abertos.



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