42 anos
É como saltar de uma linha para outra de olhos fechados e descobrir, de
repente, que a vida está passando, bela, estonteante e arriscada.
Ainda gosto de uma risada que dar aquela dor na barriga: é bom demais!
Não dispenso uma comédia, mas não sou idiota. Sei pegar e largar. Não fico
bitolado em entretenimento que arranque meu foco.
Equilíbrio em tudo! Eu tento, mas confesso – tropeço nos livros (...)
gosto de leituras. Às vezes sou voado – sempre fui, na verdade – mas nos
últimos anos o quadro piorou (risos).
Pasmem! Ainda gosto de ver o avião passar – mesmo em cima da moto (Tenso).
Fico hipnotizado: “Eu vi uma mulher preparando outra pessoa: o tempo
parou para eu olhar aquela barriga” (Caetano
Veloso). A Força que para uns é estranha, para mim já tem nome: Jesus!
Sou apegado as coisas que tenho, também piorou nos últimos anos – meu notebook
tem seis anos de idade – já mandaram eu enterrá-lo – resisto firme. No entanto,
minha moto já está cansada e me parte o coração – já não disponho de finanças
para mantê-la respirar (espira com ajuda de aparelhos). Mesmo assim, não
consigo deixa-la – sabe como é: primeira Motoca, Brother. Então, vou segurando
tudo enquanto posso.
Gosto de trabalhar, depender de mim e de Deus, somente. Leciono e sou
apaixonado pelo que faço – sou apaixonado – é, apaixonado.
Estou amadurecendo – “Quando o fruto fica maduro, não se pode condená-lo por se
separar do Galho...” (Leloup).
42 anos
“Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser
nada.
À parte isso, tenho em
mim todos os sonhos do mundo”
(Fernando Pessoa)
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