sexta-feira, 19 de abril de 2019

Era o 6º Dia. Sobre Verdades.





"Disse-lhe Pilatos: “Que é a verdade?...”. Falando isso, saiu de novo, foi ter com os judeus e disse-lhes: “Não acho nele crime algum." (Jo. 18.38)

Após uma madrugada de acusações, Bofetadas e deboches, desferidos pelos líderes religiosos e testemunhas falsas, Jesus é enviado a Pilatos.
Ainda raiava o dia, e o café da manhã de Pilatos, foi um encontro com o Sol da justiça."Que acusação vocês trazem contra esse Homem?". Pilatos indaga os lideres religiosos."Se este Homem não tivesse culpa, não o teríamos trazido a ti". Respondem, atrevidamente os lideres religiosos.
Percebe-se que o clima não era bom. Havia muita hostilidade de ambas as partes.Pilatos olha para Jesus e faz varias indagações, dentre elas está uma, recheada de acusação: "Tu és Rei?". Jesus o responde: "Tu o dizes! Para isso nasci e para isso vim ao mundo a fim de dar testemunho da ἀλήθεια. Quem é da ἀλήθεια, me ouve".
"O que é a ἀλήθεια?". Pergunta Pilatos.
Definitivamente, Pilatos esteve próximo da verdade.Não aquela verdade relativa dos homens, mas a verdade realidade, oposta a ilusão, vinda de uma iluminação Divina.
A verdade tão buscada por todos e menos desejada.
Contraditório.
Jesus! Ele é a verdade revelada, sincera, que se opõe a qualquer mentira e ilusão.
Pilatos, então se perturba.A resposta de Jesus o deixou assim.O ambiente de enganos e mentiras em que ele vivia, foi sacudido com as palavras de Jesus.
A verdade, declarada como verdade, implode as bases da ilusória mentira.
Por um instante, Pilatos fica sem chão. Ele vai lá fora, onde há uma turba de judeus e fala: "Não encontro neste homem crime algum".
No entanto, mais uma vez Pilatos é pressionado a lançar sobre Jesus, uma sentença. Ele retorna a onde Jesus está e manda flagelá-lo.
  Bill O’Reilly, Descreve dessa forma:

"Jesus sente as chicotadas. Eles usam o flagrum com cabo de madeira, do qual pendem três tiras de couro de cerca de 90 centímetros de comprimento cada. Hoje, em vez de pedaços de metal ou ossos de carneiro, os carrascos afixaram às suas pontas pequenos pesos de chumbo conhecidos como plumbatae. A escolha é estratégica. Esses acessórios não rasgam a carne e o músculo tão rápido quanto suas versões pontiagudas, mais afiadas, conhecidas como scorpiones"
Não há intervalos.A ordem é: "Flagelar o preso, mas não matá-lo".São quarenta chicotadas, menos uma.
Depois do Flagelo, Jesus retorna a Pilatos e a cena é mais triste ainda.
Olhos inchados.Rosto com linhas de sangue.Costas dilaceradas.
Pilatos o leva para fora e diz: " Eis o Homem!".O Povo responde: "Que seja morto". Pilatos fica aterrorizado.
"Quem és tu?". Jesus silencia.Irritado, Pilatos indaga:  "Me diz! Eu tenho poder para te soltar e poder para te condenar".
Jesus levanta o rosto, mira seus olhos e com uma palavra, desmonta a mentira ilusória de Pilatos, com sua realidade objetivamente direta.
"Nenhum Poder tu terias sobre mim, se do alto não te fosse concedido". Afirma Jesus.
Pilatos procurava, a partir desse momento, libertar Jesus, mas acabou descobrindo que, quem estava preso, era ele próprio.
E assim, Pilatos o entrega para ser crucificado.Lava as mãos, em um ritual Cínico e diz: "Estou livre do sangue deste Homem". 
Mas, na verdade, a responsabilidade é de Pilatos. Somente o governador romano possui o ius gladii  “o poder da espada”. Ou, em outras palavras, o direito de executar quem quer que seja.
Escute: Pilatos, entregou a verdade que estava a sua frente, pela continuação, confortável da mentira. A verdade não é confortável: ela é avassaladora. Quem opta pela verdade, opta pela realidade que faz oposição a ilusão. Se você fez uma opção pela verdade e ela te machuca, acredite, essa mesma verdade vai sarar o teu machucado. Caso contrário, se você opta pela ilusão, longos serão os dias.
Era o 6º Dia.
Jesus vai ser crucificado.








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