Estamos todos em processo – Papel
e caneta - as mudanças se impõem e exigem que haja metamorfose.
...o tempo é implacável.
Em cada olhada no espelho, as
marcas se apresentam visíveis anunciando que o entardecer da vida nos convida
para um pôr do Sol.
Não há mais tempo para promessas –
há tempo para realizações.
Os anos nos fazem mais experientes.
Mas também se mostram mais misteriosos e não oferecem pistas do que virá – a vida
é bela por isso: nela mora o mistério.
A palavra ainda goteja a
reflexão: do que precisamos?
Vez por outra precisamos limpar o
caminho ´há muito entulho.
...deixar bagagem pesada para
trás e não pegar outras.
Todos os anos, na passagem de
ano, deixamos para trás o que se passou – na passagem deixamos – coisas que passam
e insistem em passar todos os anos.
Parece que há coisas que se
apegam na gente – coisas que na passagem, não passam – passemos.
Se queremos algo realmente novo,
passemos (...)
Há sempre flores perto dos
abismos durante a subida do monte, mas o medo só nos mostra o abismo– passemos
do medo às Flores.
Há sempre estrelas quando estamos
cercados pela escuridão, mas só conseguimos ver a ausência da luz – passemos da
escuridão para as estrelas.
Há sempre uma música na solidão,
mas vemos apenas a solidão – passemos da solidão para a música.
Há sempre uma descoberta
libertadora na dor, mas vemos apenas a dor – passemos da dor para a libertação.
Há sempre algo que falta e há
sempre algo de mais – passemos ao suficiente – ao equilíbrio no sopro e no
espirito.
Transforme os olhos odiosos e o
coração duro para não se transformar em defunto ambulante – que anda assim,
exala mau cheiro.
Use o bom perfume de Cristo – a vida
de Deus – a linguagem do lugar onde teu Senhor habita.
...a vida na morte que vivemos,
pode ser apenas um pulo – há vida na vida onde não há tempo/espaço.
...ainda é possível viver num
mundo amargo, sem perder a doçura.
2017 - Haja Paz e Igualdade